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Gastos Com Teves Laranjas Parecem Nunca Ter Fim

Dois novos escândalos envolvendo a compra das 22 mil televisões laranjas superfaturadas pela Secretaria da Educação foram denunciadas nesta segunda-feira (4) pelo deputado Valdir Rossoni (PSDB), líder da Oposição na Assembléia. “O primeiro escândalo é que a tecnologia, anunciada pela Secretaria da Educação como revolucionária, que permitiria rodar vídeos na TV Laranja, simplesmente não funciona. O governo teve de contratar o serviço de técnicos em informática para que desenvolvam um software (programa de computador) que permita rodar os vídeos que seriam usados em sala de aula, por exemplo, o formato WMV, que não é lido pelo equipamento adquirido pela Secretaria da Educação. Esse software, segundo o manual, já deveria vir instalado de fábrica”, disse Rossoni. “O segundo deles é que o governo teria pago pelo armazenamento das televisões num barracão. A Codapar recebeu, em seis parcelas, um total de R$ 1.5 milhão para guardar mobiliário. Será coincidência?”, questionou. “As televisões laranjas vão ficar vermelhas de vergonha com as novas informações”, ironizou Rossoni. “Elas foram compradas por preço superfaturado, custaram R$ 860,00 a unidade, ou R$ 18,9 milhões”. Rossoni comprou televisão idêntica por R$ 739,00, ou o equivalente R$ 16,2 milhões pelas 22 mil televisões. “O governo pagou R$ 146 mil para transportar as tvs às escolas. A da oposição foi entregue de graça. E agora se descobre que gastaram R$ 1,5 milhão para armazená-las e que essa tecnologia maravilhosa que iria revolucionar o ensino no Paraná não funciona”. “Os gastos com essa compra não param nunca. Agora para produzir conteúdos para os tais pendrives estão alugando ilhas de edição ao custo de R$ 7,6 mil. É um saco sem fundo”, diz Rossoni. A bancada da Oposição protocolou um pedido de informações sobre essas novas denúncias. O líder do governo pediu para adiar e o requerimento retorna nesta terça-feira (4). Molho caro De acordo com o deputado Pastor Edson Praczyk (PRB), tanto despesas com transporte como a previsão de software deveriam estar embutidos no preço dos televisores. “A representante da Seed que aqui esteve foi muito clara ao afirmar que o software vinha instalado e isso justificava o alto preço dos televisores. O departamento técnico deixou claro que o software iria ler todos os formatos de documentos e apresentação de vídeos”. O parlamentar afirmou que é preciso esclarecer definitivamente a questão. “Terão que explicar, afinal, o molho saiu mais caro que o peixe”, concluiu.
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