Companheiros, esse encontro municipal é muito importante e é uma prática comum no nosso partido. É necessário ouvir o povo, ouvir as pessoas, ouvir os segmentos sociais de Curitiba. Não é possível construir uma candidatura dependo única e exclusivamente só de uma pessoa. Temos que ampliar isso. É fundamental. Futuros vereadores e vereadoras presentes nesse encontro. Os que vão ter a responsabilidade de tocar os diretórios regionais do partido e a juventude que cada vez mais dá uma grande demonstração de força no partido, a todos, enfim, que contribuem para que possamos construir uma sociedade mais justa. Companheiros. Eu quero dizer a vocês que num momento em que o partido se une e começa a discutir as teses para que possamos construir uma candidatura vitoriosa nas eleições de 2008, faz com que de fato a gente possa refletir e não repetir erros do passado. Ou seja, o fundamental é construir a candidatura do PMDB a prefeito de Curitiba, a partir da unidade, a partir de que todas as forças políticas possam estar na hora juntas, apoiando a mesma candidatura. Eu vejo muitos companheiros e companheiras de muitas caminhadas. Vejo também gente nova e o partido que se renova a partir de novas lideranças e isso é fundamental. Uma das tarefas dos diretórios zonais instalados em cada uma das zonas eleitorais é buscar na área de atuação e construir uma relação com a sociedade civil organizada, com as associações de moradores, com os sindicatos, com as lideranças de cada uma das regiões. Nós temos o que dar para essas pessoas. Temos um governo que tem governado pautado pela Carta de Puebla. Temos um governo que tem como atender as demandas da sociedade na medida em que essas demandas são demandas coletivas. Por isso companheiros, temos um grande desafio pela frente que é buscar a unidade do partido. Conversar com todos os deputados estaduais e federais, conversar com o governador Requião, construir com cada um dos companheiros, um programa de políticas públicas em Curitiba e região metropolitana. Porque não dá para falar em Curitiba sem falar em integração com a metropolitana. As candidaturas vão ter que estar muito integradas com a dos candidatos da região metropolitana. O que importa mesmo, companheiros, é levarmos o conjunto de programas do PMDB, do número 15. O 15 em Curitiba tem que estar junto com o 15 em São José dos Pinhais, com o 15 em Colombo, Campo Largo, Araucária, ou seja, vamos construir aonde for possível as candidaturas do PMDB. Claro que não vamos descartar as possibilidades de alianças com outros partidos. Penso que no caso de Curitiba, essa possibilidade tem que ser descartada. Em Curitiba, temos que ter candidato do PMDB, candidatos que possam estar representando a nossa posição, as teses que estamos defendendo. Isso ajuda na eleição de todos os vereadores e vereadoras. E nós vamos construir uma chapa forte, uma chapa em que todos que disputarem a eleição vão ter chances de eleição porque é uma chapa que estará atendendo o princípio da igualdade, da democracia partidária. Temos companheiros que têm muito a contribuir na política, porque a gente sabe que a política vai bem, o que vai mal, muitas vezes, são os políticos que envergonham quem faz política e muitos de vocês que pela primeira vez ou de forma mais intensa estão participando da política, a família mesmo questiona: - mas escuta, por que você vai fazer política? Aí tem que estar explicando que a política não é bem assim que a política é o instrumento para a transformação da sociedade. Você tem que demonstrar o quanto de boas pessoas você tem nesse processo todo. Mas, temos que ter a capacidade é de construir justamente uma proposta muito clara para Curitiba. Definidora em relação ao que é importante para a maioria da cidade e não para a elite curitibana. Estamos vivendo numa cidade em que cada vez mais o automóvel tem prevalência em relação às pessoas. As pessoas estão sendo desrespeitadas porque ao invés de investir no transporte público, está se investindo cada vez mais no transporte individual. São erros da cidade que têm sido cometidos nos últimos anos e que nós temos que buscar de fato a construção de um modelo de gestão para Curitiba muito diferente do que temos hoje. Curitiba precisa voltar a ter uma administração que seja descentralizada, que as administrações regionais tenham força, que tenhamos condições de atender as pessoas nos bairros e de construir verdadeiramente uma parceria com a sociedade civil organizada. Companheiros. Temos uma longa caminhada. Primeiro passo: buscar a nossa unidade. Eu vejo aqui muitos jovens e tenho ficado muito feliz em ver como a juventude tem participado do partido. Quero dizer a todos os companheiros que constroem a unidade do nosso partido que essa é uma tarefa grande, mas eu sei que cada um e cada uma que estão à altura do compromisso de estabelecer o partido em cada uma das zonais. Nós vamos ter convenção no final de novembro. A convenção de Curitiba é para constituir o novo diretório. Nós deveremos ter eleições dos diretórios em todos os municípios. Ainda é uma decisão que a executiva estadual tem que ratificar, mas é minha posição. Nós precisamos convocar as eleições porque o partido tem que viver da democracia interna. Cada filiado tem que ter o direito de votar, de expressar o seu ponto de vista, de construir um projeto que seja coletivo. Nós não podemos fazer as coisas como se fosse vontade de uma pessoa só. Por isso companheiros, temos que fortalecer também, além de todos que já são candidatos a vereador e vereadora, temos que trazer mais gente para a chapa. Temos que fortalecer os que vão disputar eleição pelo partido. Temos que construir uma articulação para que todos aqueles que militam no partido, apóiem os candidatos do PMDB e não vão apoiar candidato de outro partido. É fundamental que isso aconteça, e ao mesmo tempo, sabemos da nossa força, sabemos que na última eleição, tanto na de 2002 e na de 2006 o trabalho fundamental dos militantes do PMDB. Não tínhamos o apoio da mídia, não tínhamos o apoio da prefeitura, e reconheçamos, nem da própria estrutura do governo porque o governo não podia se envolver na campanha eleitoral. Mas qual foi o resultado? Nós setorizamos a cidade, criamos a operação olho no olho. Foram 125 comitês montados e a militância foi para rua bater de casa em casa, conversando com todos os segmentos organizados dessa cidade. E qual foi o resultado? Conseguimos equilibrar a eleição em Curitiba. Empatamos a eleição que foi decisiva para que pudéssemos ganhar as eleições em 2006. Por isso a força do PMDB é a força da sua militância. Por isso é que temos um grande desafio. O diretório regional do partido que vou presidir até o dia15 de outubro quando deverá assumir a presidência definitiva o companheiro deputado Waldyr Pugliesi - temos que distribuir as tarefas entre os companheiros porque nos temos muita luta pela frente. Além de Curitiba, vamos ter que construir em muitos lugares alianças. Vamos discutir as políticas de alianças. Hoje temos um protocolo formado com o PT e o PCdoB, temos conversado com o PV e trabalharemos em cima disso. Estaremos discutindo e construindo alianças nos municípios e, claro, num lugar ou outro, haverá uma situação diferente, mas estaremos construindo a possibilidade de disputar eleições e vencer porque 2008 é fundamental pra 2010. Por isso que é um grande caminho que temos a percorrer. Mas toda caminhada, sabemos que começa com um pequeno passo e o pequeno passo é construir essa chapa boa e eleger a maior bancada de vereadores. E nós vamos eleger um número de vereadores em Curitiba que vai surpreender os políticos antigos dessa cidade. Porque a chapa é boa, a chapa está bem estruturada e olha que estamos apenas começando. E esse resultado é fundamental para que o partido possa ter representantes verdadeiros, gente que não vira a casaca depois que assume o mandato. Temos que ter gente comprometida com aquilo que pensa a militância do nosso partido. Por isso a todos os companheiros que assumem as responsabilidades hoje em cada uma das dez zonais. Cada um dos dez presidentes ou “presidentas”. Cada vez mais as mulheres têm ocupado esse espaço na sociedade, um espaço fundamental e que tem muito a ser percorrido. E quero dizer para encerrar ao ver o companheiro Saul que o movimento afro no PMDB hoje é uma realidade. Nós temos que cada vez mais incentivar as candidaturas apoiadas pelo movimento afro. Temos enfim fazer com que o nosso partido tenha como candidatos e candidatas, os companheiros ligados à base do partido, não aqueles que são financiados pelas empresas de ônibus e nem pela especulação imobiliária. Os nossos candidatos têm que vir do povo. Tem que ser gente comprometida com aquilo que pensamos e defendemos porque senão depois a gente elege o sujeito que vai trair a gente na Câmara de Vereadores. Por isso, vamos ter uma chapa de gente puro sangue peemedebista para de fato fazer uma modificação na Câmara de Vereadores de Curitiba. É isso, até a vitória e viva o PMDB!