Um projeto de lei aprovado em 2007 pelos deputados estaduais, que concederia redução de ICMS para empresas do setor têxtil, seria a solução para que o Paraná não perdesse empresas deste segmento para estados vizinhos se o governador Roberto Requião não tivesse vetado o projeto. A constatação é do deputado Ademar Traiano (PSDB), autor da matéria. “O Paraná caminha no sentido contrário. Enquanto os outros estados concedem benefícios fiscais para atrair empresas, aqui nós estamos perdendo postos de trabalhos”, relatou.O deputado apontou os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul como as mais novas ameaças para o Paraná. “Quando apresentei o projeto visava equiparar os benefícios com o estado do Rio de Janeiro. Agora outros dois estados concedem benefícios fiscais. Além da redução de 85% do ICMS eles oferecem galpão, redução do IPTU e até isenção do ISS. Quinze fábricas já transferiram suas unidades de produção. Outras tantas já receberam convites e estão prestes a deixar o Paraná”, garantiu.Traiano solicitou o apoio dos demais parlamentares para a derrubada do veto do governador e também mobilizar uma comissão para discutir a questão com o secretário da Fazenda, Heron Arzua. “É um projeto de cunho social, pois visa à manutenção do emprego no Paraná. São mais de 4.600 postos de trabalho que estão ameaçados porque o governador vetou o projeto. Que o secretário da Fazenda nos ouça e tome providências para adequar o estado a essa realidade e também para proteger o emprego no Paraná”.O deputado Reni Pereira (PSB) que colaborou na argumentação do projeto de lei, lamentou o veto do projeto pelo governador. “É um equivoco pensar que a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite abrir não de divisas. Desde que se elabore um relatório detalhando a receita que irá perder, é possível abrir mão de parte do ICMS para não perder o todo da arrecadação, além dos investimentos e empregos. A aprovação do projeto é viável, já que do contrário corre-se o risco de perder toda a arrecadação do setor”, apontou.