“Se acontecer uma aliança entre PSDB e PMDB em Brasília, e aqui no Paraná o PSDB seguir esta linha, o PFL não vai caminhar junto”. O alerta foi dado ontem pelo deputado Plauto Miró Guimarães, líder do PFL na Assembléia, em pronunciamento.Para o deputado, a discussão sobre alianças em Brasília e no Paraná viraram o que chamou de verdadeiro “samba do crioulo doido”, uma vez que o PMDB que apoiou o governo Lula agora está se bandeando para o lado do PSDB, de Geraldo Alckmin. “E tentam dizer que a aliança que acontecer em Brasília, será estendida para o Paraná. Eu vou falar como pefelista: o PFL não vai fechar com Requião. Nós estamos trabalhando para viabilizar uma candidatura de oposição ao atual governador. E o nome que surgiu foi o senador Osmar Dias”, reiterou. Mas com as incertezas que pairam no cenário político do Paraná, sobre a possibilidade dos irmãos Álvaro e Osmar Dias não disputarem o governo, o deputado diz que o PFL pode buscar outras alternativas, citando como exemplo o candidato do PPS, Rubens Bueno. O importante, no entender do deputado, é não se aliar ao adversário. “Não podemos subir no mesmo palanque do governador Requião se há três anos estamos fazendo oposição a ele”, disse. Para o pefelista, este posicionamento é uma questão de coerência. “As urnas nos puseram na oposição. Contrapusemos muitas das ações do governador Requião. Com responsabilidade denunciamos e muitas denúncias serviram para o governo corrigir a sua rota. Temos uma linha de conduta contrária”, reafirmou.Plauto relembrou que não é de agora que faz oposição ao governador Requião, a começar pelo seu histórico partidário. O deputado sempre pertenceu ao PFL. Em 1990, subiu no palanque do falecido José Carlos Martinez, que perdeu a eleição para Requião. Quatro anos depois, o PFL venceu a eleição com Jaime Lerner. “Quando perdemos soubemos ficar na oposição e quando fomos governo demos sustentação. Nas últimas eleições apoiamos Beto Richa para o governo, novamente contra Requião e as urnas nos colocaram na oposição. Eu segui o resultado das urnas, que dizem que devemos ficar na oposição”, disse.Liderança da OposiçãoFone: 3350-4193Miguel Ângelo