Liderança da Oposição

18/12/2008 00h57 | por MATÉRIA DE RESPONSABILIDADE DA LIDERANÇA DA OPOSIÇÃO
Os deputados da bancada da Oposição resistiram ao máximo na tentativa de barrar a aprovação do projeto do Governo que promove alterações nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os oposicionistas usaram do regimento interno da Assembléia para obstruir a votação e tentar, através dos pronunciamentos, convencer os deputados a rejeitar à matéria.No momento da votação, após cinco horas de encaminhamentos ao projeto e emendas, predominou a vontade da maioria governista na Assembléia. Os deputados não cederam aos apelos dos oposicionistas que vêem como intenção do governo do Estado aumentar a arrecadação e não beneficiar os mais pobres como está sendo aventado. O projeto foi aprovado por 35 votos favoráveis e 14 contrários.O líder da Oposição, deputado Élio Rusch (DEM) lamentou a derrota e reafirmou que será difícil para o governo verificar se realmente ocorreu a redução dos preços para os consumidores.“Não conseguimos sensibilizar os deputados. Mais uma vez o governador não deu ouvidos aos apelos da sociedade e das diversas entidades que participaram das audiências públicas e usou o rolo compressor para atropelar as emendas que foram apresentadas”, disse.“Os trabalhadores irão sentir que foram enganados quando começarem a receber as faturas de energia e comunicação, e perceber que o aumento será efetivamente aplicado enquanto que a redução dificilmente ocorrerá”. Presente de gregoO deputado Valdir Rossoni destacou a determinação dos deputados da Oposição no entrave para adiar a votação do projeto.“Votamos contra o projeto e a favor dos paranaenses. Mas infelizmente não temos força diante do rolo compressor governista”.Rossoni disse ainda que a aprovação do projeto é um “presente de Natal” do governador para os paranaenses.“Quando o cidadão acender uma lâmpada, abastecer o carro ou quando fizer uma ligação para desejar um feliz Natal, lembrará do governador Requião. Porque estará pagando dois pontos percentuais a mais em todos esses serviços. É o presente de Natal do governador para o povo do Paraná”, ironizou.O deputado também não acredita na emenda acrescentada ao projeto em que o governo, caso haja aumento de arrecadação, fica autorizado a rever a aplicação da lei e buscar meios para que ela seja cumprida.“Esse governo é faminto por dinheiro. Alguém acredita que foi apresentada uma reforma para diminuir imposto?”, questionou. ContramãoO deputado Durval Amaral (DEM) destacou que o governo Roberto Requião segue na contramão da crise mundial.Durval enfatizou as ações promovidas pelo Governo Federal e também pelo governo do estado de São Paulo.“O Lula está renunciando R$ 10 bilhões da arrecadação, baixando ou eliminando impostos. Em São Paulo o governador injetou R$ 4 bilhões e dilatou o prazo para pagamento do ICMS para garantir o emprego dos trabalhadores”, lembrou. “Aqui a medida é inversa. O governador aumenta a carga tributária, o que vai onerar diretamente o cidadão comum”.O deputado lembrou ainda que a exportação no Paraná caiu 27% em relação ao mês anterior. “Isso é extremamente grave. Teriam que ser adotadas medidas para reverter esse quadro e não agravar ainda mais”.“Esse projeto beneficia o governo e não o povo”, disse o deputado Douglas Fabrício (PPS).A preocupação do parlamentar também é com a crise mundial e o avanço do desemprego.“O povo só vai poder comprar se tiver emprego. Quem está sendo demitido não irá comprar o produto que poderá ter redução de preço”, presumiu.O deputado Plauto Miró (DEM) vê com preocupação a aprovação do projeto, devido a falta de garantia quanto a redução dos preços dos produtos.“Nunca vi um governo fazer reforma tributária para perder. Vamos sim ter um custo maior para os paranaenses e com isso o governo do Estado irá arrecadar mais”.Para o deputado Reni Pereira (PSB) o governador teria condições de buscar outros meios para compensar a diminuição das alíquotas sem ter que elevar o custo da energia elétrica, comunicação e combustíveis. “Não concordo com esse projeto. O Governo poderia conceder o benefício sem aumentar as alíquotas. Existem R$ 610 milhões no orçamento para o ano de 2009 que não está vinculado. Esse valor poderia suprir a diminuição da arrecadação com a redução das alíquotas”. VotaçãoOs deputados que votaram contra ao aumento de impostos foram: Ademar Traiano (PSDB), Augustinho Zucchi (PDT), Douglas Fabrício (PPS), Durval Amaral (DEM), Élio Rusch (DEM), Fernando Carli Filho (PSB), Geraldo Cartário (PDT), Luiz Carlos Martins (PDT), Marcelo Rangel (PPS), Ney Leprevost (PP), Pastor Edson Praczyk (PRB), Plauto Miró (DEM), Reni Pereira (PSB) e Valdir Rossoni (PSDB).Os deputados que votaram a favor do aumento de impostos foram: Alexandre Curi (PMDB), Antonio Anibelli (PMDB), Antonio Belinati (PP), Artagão Júnior (PMDB), Beti Pavin (PMDB), Caíto Quintana (PMDB), Carlos Simões (PR), Chico Noroeste (PR), Cida Borghetti (PP), Cleiton Kielse (PMDB), Dobrandino da Silva (PMDB), Dr. Batista (PMN), Duílio Genari (PP), Edson Strapasson (PMDB), Elton Welter (PT), Francisco Bührer (PSDB), Jocelito Canto (PTB), Jonas Guimarães (PMDB), Luciana Rafagnin (PT), Luiz Accorsi (PSDB), Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), Luiz Eduardo Cheida (PMDB), Luiz Fernandes Litro (PSDB), Luiz Nishimori (PSDB), Mauro Moraes (PMDB), Miltinho Puppio (PSDB), Nereu Moura (PMDB), Pedro Ivo (PT), Péricles de Mello (PT), Professor Luizão (PT), Rosane Ferreira (PV), Stephanes Júnior (PMDB), Tadeu Veneri (PT), Teruo Kato (PMDB) e Waldyr Pugliesi (PMDB). Liderança da OposiçãoAssessoria de Imprensa41-3350-4193Sonia MaschkeJaime Santorsula Martins

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