Depois de muita discussão sobre o projeto do reajuste do funcionalismo público, a bancada governista derrubou as sete emendas propostas pelos deputados da Oposição em sessão extraordinária encerrada às 23h30 desta terça-feira (13). O líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), chegou a propor a retirada de seis emendas, com a condição de que fosse mantida aquela que fixava em 1º de maio a data-base para vigorar o aumento de 5% proposto pelo governo estadual. “No entendimento dos deputados oposicionistas, de nada adiantaria tentar aprovar um aumento no índice de reajuste se o governo não demonstra interesse em conceder de fato o reajuste. Mas o governo não aceitou a proposta de estipular uma data para começar a vigorar o aumento. O resultado da votação mostrou que prevaleceu a vontade do governo de não propor nada”, afirmou Rossoni.As emendas propostas visavam aumentar o índice da correção salarial do servidor para 15%, em média, e definir a data de 1º de maio, de maneira retroativa, a ser pago a todos os servidores. Os deputados defenderam um reajuste equivalente ao que foi concedido pelo governo ao salário mínimo regional que é pago pela iniciativa privada.“O governo diz que a economia do Estado está em crescimento e com isso gera mais arrecadação. Se há mais arrecadação de impostos o governo teria condições de arcar com esse aumento. É lamentável que o trator governista tenha aprovado somente 5% e ainda sem saber quando será concedido”, relatou o líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB).Os deputados da Oposição usaram do regimento interno para retardar a sessão. “Obstruímos a votação para tentar convencer os deputados do governo para aprovar no mínimo a definição da data para a aplicação da correção. É inadmissível aprovar sem data definida”.O deputado Élio Rusch (DEM) lamentou o fato dos deputados governistas não terem acatado a votação individual das emendas. “A votação em bloco é um erro. Não tivemos a oportunidade de discutir uma a uma as emendas”, disse.ManobraO deputado Douglas Fabrício (PPS) acusou a base governista de utilizar de manobra para rejeitar as emendas apresentadas. “Durante a reunião da CCJ, substituíram um integrante da Comissão para garantir a rejeição das emendas Em plenário, na hora da votação, não foi diferente”, denunciou.Fabrício lembrou ainda que no último dia 1º o governador promoveu a festa do trabalhador para homologar o reajuste da iniciativa privada enquanto que agora impede a aprovação de um índice maior de reajuste para os policiais e professores do Estado. “Apresentamos uma emenda para defender o policial e o professor. Estamos aqui para votar a favor do povo. Nada mais justo que esses profissionais, e todo o funcionalismo público, tivessem um reajuste no mínimo igual ao da iniciativa privada”.