Deputados da bancada de Oposição participarão nesta sexta-feira de audiências públicas na região Oeste para discutir a mini-reforma tributária proposta pelo governo do Estado. Os deputados estarão em Cascavel e Foz do Iguaçu para debater com empresários, industriais e representantes de entidades como OAB, Dieese e Sebrae a mensagem que prevê alteração na lei do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). A proposta é reduzir o imposto dos bens de consumo nas áreas de alimentação, vestuário e higiene, de 18% para 12% e compensar a redução, aumentando as alíquotas de energia elétrica, combustíveis e telecomunicações. De acordo com o governo, não haverá aumento da carga tributária. É esse ponto que os deputados vêem com apreensão e entendem que a questão deve ser discutida à exaustão. Para a oposição, a única certeza é que haverá aumento de impostos, o que pode sinalizar a pretensão do governo de aumentar a arrecadação. Por outro lado, ainda restam muitas dúvidas se haverá mesmo redução. “Temos que avaliar criteriosamente todos os pontos desta proposta. São produtos essenciais que sofrerão aumento e o consumidor não pode arcar com mais essa despesas sem que haja uma compensação real”, afirmou o líder da Oposição, deputado Élio Rusch (DEM), alertando para a possibilidade da redução da alíquota em alguns produtos não chegar ao consumidor. “Não podemos aprovar um aumento da alíquota em produtos e serviços de grande consumo da população, enquanto que a redução não apresenta garantia de que será repassada ao consumidor”, completou.O deputado Valdir Rossoni (PSDB) afirmou que os itens que sofrerão aumento de alíquota são aqueles que mais influenciam na arrecadação do Estado.“O reajuste do imposto afetará diretamente toda a população. Quando este governo propõe um pacote de bondades, temos que ficar espertos para ver se a intenção realmente é boa, ou é mais uma tentativa de reforçar o caixa”, alertou. “Precisamos discutir com os paranaenses para ver a opinião deles antes de votarmos o projeto”.O deputado Reni Pereira (PSB) afirma não ter pressa de votar o projeto e que as audiências públicas serão importantes para saber das entidades o posicionamento delas sobre a proposta.“Temos até dezembro para votar. Se for necessário vamos propor alterações e adequar a proposta aos desejos da população”, afirmou. AudiênciasOs deputados da bancada da Oposição, Élio Rusch (DEM), Valdir Rossoni (PSDB), Durval Amaral (DEM), Reni Pereira (PSB), Edgar Bueno (PDT), Augustinho Zucchi (PDT), Douglas Fabrício (PPS) e Duílio Genari (PP) confirmaram presença nas audiências. Em Cascavel o evento será realizado às 10 horas e em Foz do Iguaçu às 18 horas. Ambas acontecem na Associação Comercial e Industrial de cada município.