31/03/2009 19h17 | por Ronildo Pimentel / (41) 3350-4156 e 9188-8956 / ronipimentel@hotmail.com / www.lideranca.pmdb-pr.org.br - www.waldyrpugliesi.com.br
O deputado Waldyr Pugliesi, líder do PMDB na Assembleia Legislativa, classificou como “demagógicas e oportunistas” as emendas apresentadas nesta terça-feira (31) ao projeto do aumento de 14,9% do salário mínimo do Paraná. “Os deputados da oposição neste caso estão se comportando de maneira oportunista”, disse Pugliesi sobre as emendas propostas pelo bloco de oposição e pelo deputado Mauro Moraes (PMDB). O projeto volta novamente a CCJ (Comissão de Constituição de Justiça). Na prática, segundo Pugliesi, as emendas pouco atrasam a tramitação da proposta que eleva entre 605,52 e R$ 629,65 o piso regional. “Só tenho a lamentar este comportamento oportunista dos deputados da oposição. Na hora em que o governo se esforça para conter a crise, eles querem generalizar a questão. Mas o projeto volta ao plenário na próxima semana e será votado em tempo para sanção do governador no dia 1º de maio”, informou. Pugliesi disse que o Estado não dispõe de dotação orçamentária para atender as proposições que estendem o mesmo percentual de reajuste para todos os servidores do Governo. “Não sou contra conceder aumento para os servidores públicos, mas isso é impossível neste momento. Não tem recursos. Estas emendas têm como único objetivo protelar a aprovação do salário Mínimo Regional, que é muito importante para os trabalhadores do Paraná”. O piso salarial regional, na avaliação do deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), é um importante instrumento de distribuição de renda. Desde que foi implantado, em 2006, injetou em média R$ 500 milhões por ano na economia do Paraná. “Isso é fundamental principalmente agora, em tempos de crise, para que se mantenha, principalmente nos pequenos municípios, o poder de compra dos trabalhadores”, disse.O mínimo regional do Paraná é, em média, 12,5% maior que o dos três estados que também adotam a medida — São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Além disso, vale de 30,2% a 35,4% mais que o salário mínimo, R$ 465. IMPACTO – De acordo com o Dieese, além dos 174 mil trabalhadores diretamente beneficiados pelo reajuste, outros 284 mil trabalhadores formais também terão aumentos, já que recebem entre 1,3 e 1,6 do piso regional. “Os trabalhadores organizados em sindicatos terão no piso um importante instrumento para negociação dos seus salários nos dissídios coletivos. Essa projeção não conta ainda os trabalhadores informais. No total, o reajuste pode atender 468 mil trabalhadores formais”, disse o economista Sandro Silva. O Dieese também mediu o potencial de impacto na renda dos trabalhadores e na economia do Estado. Aos 174 mil trabalhadores atendidos diretamente, o reajuste representa R$ 282,4 milhões. Para os trabalhadores organizados em sindicatos cujos salários são indexados ao piso regional, a medida trará mais R$ 472 milhões por ano. “Somado, isso representa um potencial de impacto de R$ 754,4 milhões na economia do Paraná”, explicou Silva.Foto: Nani Góis