13/10/2009 15h42 | por Laura Sica / 41 3350-4157 - 9985-6667
Os deputados da bancada do PT vão votar pela derrubada do veto do governador Requião ao projeto que cria a polícia penal no Paraná. A decisão atende a um pedido dos agentes penitenciários do Paraná, que estão revoltados com mais um assassinato de um colega, ocorrido na última segunda-feira em Londrina. A matéria deve tramitar nos próximos dias na Assembleia Legislativa. Pelo projeto(735/07), apresentado em 2007-,pelo então deputado Professor Luizão(PT)e aprovado por unanimidade por 43 deputados-,os agentes penitenciários podem andar armados para se proteger da violência.A iniciativa que regulamenta em âmbito estadual o inciso VII dos artigos 4º e 6º do Estatuto do Desarmamento – Lei Federal nº. 10.826/03 - alcança também os agentes que fazem escoltas de presos. "Muitos presos que - por vários motivos - deixam os presídios, acabam voltando para as ruas e, quase sempre, armados e os agentes e seus familiares ficam expostos sem ter a garantia de uma arma legalizada e, por isso, impedidos de se defender de possíveis represálias por parte dos bandidos", destaca o vice-lider da bancada,deputado Elton Welter. Já o deputado Professor Lemos destaca que o projeto foi aprovado em SP,RJ,RS,SC e MG."A Assembleia já fez a sua parte quando aprovou o projeto em 2007.Agora precisamos derrubar o veto e apoiar os agentes penitenciários",disse. Proteção- Para o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Clayton Agostinho Auwerte, o projeto é de muita relevância e causa expectativa na categoria.“Na hora que os bandidos souberem que estamos armados não investirão mais contra nós”, afirma .O assassinato de três agentes penitenciários em Londrina em apenas sete meses, causou pânico na categoria. “Tememos novos crimes encomendados. Por isso precisamos nos proteger”, explica Auwerte. Segundo ele, os agentes penitenciários vivem em constante estresse, principalmente quando saem às ruas. “Sempre estamos olhando para os lados, alguns agentes até já compraram, por conta própria, coletes à prova de balas para que possam andar em segurança. Outro problema também é que muitos agentes estão usando armas, mesmo sem a regularização do porte. “ Eu mesmo respondo por porte ilegal de arma, quando caí em uma blitze de trânsito em 2005. Todos os agentes saem armados porque sabem que é bem mais seguro,” admite Auwerte.