Luciana Quer Criar Comissão Para Investigar o Aumento No Preço dos Insumos Agropecuários

09/05/2007 18h21 | por Jornalista: Thea Tavares / (41) 9658-7588 - 3350-4380 - 3350-4087 - 3350-4249 / (46) 3524-0939
Antenada com os problemas enfrentados pelos produtores paranaenses com relação ao custo de produção nesta safra agrícola, a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) protocolou, na tarde desta quarta-feira (9), o pedido de criação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) na Assembléia Legislativa com a finalidade de apurar o aumento exagerado nos preços dos insumos agropecuários. Se aprovada, a Comissão será composta de no mínimo sete deputados e terá prazo de 120 dias para investigar e propor uma solução para o caso.Luciana, que também é agricultora familiar no município de Francisco Beltrão, região Sudoeste, argumenta que não há razões que expliquem esses aumentos, em muitos casos, inúmeras vezes superiores à inflação do período (3,5%). “Aumentos abusivos estão prejudicando os agricultores. Nem o câmbio, nem os impostos e muito menos a falta de matéria-prima justificariam tamanha elevação”, diz a deputada. A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, em Brasília, já realizou recentemente uma audiência pública sobre o problema e vem sendo discutida lá, inclusive, a proposta de criação de uma agência nacional reguladora de preços dos insumos agrícolas.Situação se mostra mais grave nas lavouras transgênicas - No cenário brasileiro, os fertilizantes respondem, hoje, pelo maior custo de produção, com aumentos que variam de 30 a 40%. No Paraná, tanto dados parciais do levantamento trimestral da Seab quanto pesquisa realizada pela Organização das Cooperativas do Estado – Ocepar apontam para altas exageradas nos custos da adubação e da aplicação de herbicidas da última safra para esta. Segundo estudos da Seab, os adubos tiveram elevação de até 23%, mas é no seguimento dos herbicidas, em que é possível diferenciar a situação pelo tipo de sistema produtivo adotado, que o quadro se agrava. Herbicidas utilizados na produção de soja convencional, apresentam redução de preço ou, no máximo, atingem crescimento até o limite da inflação do período. Mas, ainda no levantamento parcial da Seab-PR, é constatado um aumento de 14,39% entre o preço do Roundup Original vendido a um ano atrás e o preço de agora. A pesquisa da Secretaria da Agricultura será finalizada somente no final do mês de maio e esses dados deverão sofrer modificações. Ainda assim, a mesma situação é percebida em estudo realizado pela Ocepar. A instituição constatou em uma pesquisa comparativa, que de abril de 2006 a abril deste ano, o preço do “glifosato”, que é o princípio ativo do herbicida da soja transgênica, subiu entre 25 a 30% no mercado paranaense. Essa perspectiva indica um custo de produção bem maior a ser amargado nas lavouras transgênicas, muito acima da média de elevação que foi constatada nos preços dos insumos em geral (15 a 20%). O presidente da Unicafes-PR, organização das cooperativas de agricultura familiar e economia solidária, Ademir Dallazen, diz que o setor está muito preocupado com essa situação e aposta também na investigação do Legislativo. “A argumentação da ‘dolarização’, bastante utilizada nas safras anteriores para justificar aumentos não cabe mais”, diz Dallazen.Em 2001, a deputada Luciana integrou a CPI estadual que investigou a situação de empobrecimento dos agricultores familiares, produtores de leite, diante do baixo preço pago pelas indústrias e, na época, o trabalho foi importante para equilibrar a balança e garantir uma relação melhor aos produtores. Ela espera obter, com a comissão atual, o mesmo êxito daquela que investigou a cadeia do leite no passado.

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