No Paraná, agora é lei! Está proibida a utilização de animais para desenvolvimento, experimentos e testes de laboratório de produtos cosméticos, de higiene pessoal, de perfumes e seus componentes. Os deputados aprovaram o projeto, que virou lei em dezembro do ano passado. A proposta foi apresentada pelo deputado Missionário Ricardo Arruda (PSC). Uma ajuda valiosa às instituições que atuam na defesa e proteção dos animais e à própria população brasileira.
Em 2014, um levantamento feito pelo Datafolha, revelou que 41% dos brasileiros “discordam totalmente” do uso de animais em laboratório. Segundo a pesquisa, que ouviu 2.162 pessoas em 134 cidades do país, apenas 18% dos entrevistados apoiam e ainda, parcialmente, essa prática. O mais provável é que, para parte da população seja até aceitável sujeitar animais ao sofrimento para a busca da cura do câncer, mas não para o combate a rugas ou o desenvolvimento de novas cores para tingir lábios e madeixas. E uma parcela crescente de consumidores repudia o uso de animais, sujeitando-os a testes cruéis.
É uma luta contínua das instituições a erradicação do uso de cobaias vivas, como cães, ratos, coelhos e outros seres vivos, para fins cosméticos.
A exemplo de toda a União Europeia, no Brasil, o Paraná é o segundo estado a proibir essa prática. O outro é São Paulo. Os legisladores paranaenses entendem que a vaidade humana não pode se sobrepor ao valor da vida animal e defendem que testes alternativos – por exemplo, in vitro e com pele sintética – sejam utilizados para garantir os padrões de segurança exigidos pela indústria da beleza.