Buscar no Portal ALEP
Filtrar resultados

“Não é uma discussão simples”, diz deputado sobre novo pedágio no Paraná

Deputado Coronel Lee (PSL) acompanha questão da implantação do novo contrato de pedágio que será instalado no Estado.

“Serão dias de discussão que definirão décadas”, frisa o deputado Coronel Lee.
“Serão dias de discussão que definirão décadas”, frisa o deputado Coronel Lee. Créditos: Diego Krüger

“Não é uma discussão simples e nem uma decisão que deva ser tomada sem medir todas as consequências. São alguns dias de audiências públicas que definirão as próximas três décadas da vida do cidadão paranaense. É uma decisão que afetará diretamente até os nossos netos”, frisou o deputado Coronel Lee (PSL), em seu discurso no dia 6 de fevereiro em Foz do Iguaçu. Na oportunidade, acontecia na cidade da Tríplice Fronteira, a segunda audiência pública para debater o novo modelo de pedágio no Paraná. Nesta quinta (18), o parlamentar estará na Audiência Pública promovida pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio, da Assembleia Legislativa do Paraná, na cidade de Guarapuava, no centro do estado.

E por ser algo tão delicado, a Frente Parlamentar foi criada. Nos lugares por onde passou, a Frente ouviu quase que a mesma coisa das entidades de classes e representantes da sociedade civil organizada: “queremos um pedágio bem mais barato e com as obras necessárias”. Esse assunto causa pânico no cidadão paranaense, uma vez que nos últimos 25 anos o pedágio no Paraná participa da lista dos mais caros do país, para uma BR-277, por exemplo, longe de ser totalmente duplicada. “Não podemos admitir mais isso. Para termos ideia, as praças da Econorte, em Jataizinho, Jacarezinho e Sertaneja, passaram dos vinte e cinco reais recentemente. No litoral, para quem desce ou volta do Litoral, o valor passa dos vinte reais. Isso não podemos mais admitir, é um absurdo”, frisou.

Para o Deputado Coronel Lee uma primeira medida seria a transparência em todo o processo. “No nosso entendimento ficou claro que o modelo atual, onde toda a arrecadação entre num caixa só, não funciona. Isso dá margem à criminalidade, sem saber o que é gasto e aonde é gasto. Isso ficou evidente em auditoria realizada pela intervenção da Polícia Militar nas concessionárias do pedágio em 2018. A primeira medida seria termos dois caixas, um específico para as obras a serem realizadas, outro para a manutenção. Claro, isso são ideias que apresentamos nas audiências públicas. No final, que a vontade popular seja atendida, e ela caminha para que seja, óbvio, para o menor preço, sem perder a continuidade da manutenção dos trechos e a realização das duplicações e obras necessárias”, frisou ele.

O que está em jogo - De acordo com a nova proposta, mantém-se a cobrança de taxa de outorga e se limita o desconto máximo que os concorrentes podem apresentar. No documento entregue à bancada federal paranaense, o primeiro critério da licitação é o desconto nas tarifas. Esse desconto está fixado entre 15% a 17%, dependendo do lote. O estudo apresentado prevê a licitação de mais de 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais em seis lotes, com a manutenção das praças de cobrança existentes atualmente e criação de mais 15, dentre elas uma entre Cascavel e Toledo (que já teria sido cancelada, segundo o Governo do Estado), uma entre Cascavel e Capitão Leônidas Marques, uma entre Guaíra e Terra Roxa, uma entre Guaíra e Mercedes e outras duas na Região Sudoeste. A previsão é de que sejam investidos R$ 42 bilhões e que em 10 anos sejam duplicados mais de 1,8 mil quilômetros.

É consenso entre os membros do grupo que este modelo não é o melhor para o Estado. Os deputados estaduais defendem que seja adotado uma modelagem de licitação que preveja as menores tarifas com o maior número de obras. “Não deixaremos de buscar a vontade das regiões, mas uma coisa é certa: não podemos mais admitir abusos como temos sofrido nas últimas décadas. Disso depende nosso futuro”, finalizou o deputado.

 

Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação