13/12/2007 16h25 | por
Máquina inchada "Quando o Governo quer aumentar a receita, ele tem que pensar em reduzir despesas e não aumentar impostos. Tem que diminuir os gastos públicos e reduzir os cargos em comissão para organizar o caixa", afirmou o deputado Valdir Rossoni (PSDB). Para Rossoni, a preocupação em reduzir gastos deve valer para os governos estadual e federal. “O governo gordo de despesa vai ter de entrar nas mesmas calças apertadinhas”, brincou. O líder da Oposição recorda que a atual administração estadual criou dezenas de secretarias. São tantas que o governador sequer sabe o nome daqueles que ocupam a pasta. "Quando contestamos o tarifaço, em nenhum momento vieram aqui e falaram que iriam diminuir um pouquinho daqueles mil e tantos cargos em comissão que foram criados nos últimos quatro anos”, prosseguiu. “Tem secretaria que ninguém sabe onde está instalada. Se pedir para o líder do governo falar, um a um, o nome dos secretários, ele não acerta nem um terço", ironizou Rossoni. A gula dos aloprados O líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), disse que "o governo Lula tem que cuidar dos aloprados que rodeiam o governo Federal e principalmente fiscalizar o dinheiro que a União repassa para o Paraná". "Aqui nunca tem dinheiro para comprar remédios. Falta remédio de uso contínuo todo dia. É só diminuir a ansiedade, a gula desses aloprados que não vai ter nenhum problema de caixa e o Brasil continuará o mesmo. Com mais dinheiro para a população comprar o que realmente precisa". Benefício à populaçãoO líder dos democratas na Assembléia, Plauto Miró, disse que chegou a hora dos governos darem uma contrapartida para a população. “A macroeconomia do Brasil vai bem e a arrecadação vem aumentando. Tem que haver uma divisão de tudo isso com a população, diminuindo os impostos. Chega de os governos meterem a mão no bolso do contribuinte!”. Elite positiva Para o deputado Plauto Miró (DEM), o atual governo está querendo enganar a opinião pública quando taxa os deputados de oposição como elite. "Elite, em minha opinião, é o que se tem de melhor. Na votação do IPVA, essa elite oposicionista votou com o povo, enquanto que os deputados do governo "enrolando o lero" votaram contra as emendas que isentariam as motos e a redução da alíquota dos carros populares. O discurso desse governo é uma mentirada sem fim. É uma conversa para tapear a população". ImpressionadoO deputado Durval Amaral (DEM) ficou impressionado com a maneira como os senadores se comportaram na votação da CPMF. "A maneira aguerrida e competente como defendiam as suas posições políticas e ideológicas me deixaram impressionado. A postura dos senadores parece que começa a colocar o Brasil nos eixos e fazer com que voltemos a pensar em uma reforma tributária para termos mais justiça fiscal", destacou Durval. "O discurso de oportunismo usado para, muitas vezes, poder criar mais cargos tende a acabar. Era fácil gastar mais e aumentar os impostos e o povo brasileiro pagar a conta. Os governos terão que fazer o dever de casa e gastar só aquilo que arrecada", completou. Adin O deputado Reni Pereira (PSB) afirmou nesta quinta-feira (13) que a intenção da bancada do bloco independente na Assembléia é protocolar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a nova lei do IPVA aprovada quarta-feira (12). O deputado solicitou cópia autenticada do parecer favorável à emenda que revogava do artigo 11 os incisos "a" e "b" do § 3º. Com a revogação, os descontos de 15% para pagamento em fevereiro e 5% para pagamento em março seriam mantidos. "Quando eu receber esses documentos vou encaminhar aos advogados para entrar com a Adin. Se o parecer foi favorável a lógica já diz que o projeto é inconstitucional. Estão ferindo o princípio da anterioridade. Agora caberá à Justiça decidir quem está com a razão", afirmou Reni.Segundo Reni, a nova lei fere o artigo 150 da Constituição Federal que determina uma carência de 90 dias para qualquer mudança na carga tributária que resulte em aumento de imposto direto ou indireto, para evitar que o contribuinte seja pego de surpresa. “Como a data referência do IPVA é 1º de janeiro, esse período de 90 dias não será cumprido”, afirmou Reni. Paralelo O deputado Élio Rusch (DEM) destacou nesta quinta-feira (13) que o trabalho da bancada de oposição na Assembléia estabeleceu um paralelo com o que aconteceu no Senado Federal. "Tentamos convencer alguns deputados a mais para que pudéssemos derrubar o projeto que diminui o desconto para quem paga o IPVA à vista. Infelizmente aqui, por pouco, não saímos vencedores, enquanto que no Senado tivemos uma grande vitória”, disse Rusch. “Mas a sociedade está cansada de pagar tributos. A derrota do Governo Federal é um exemplo de que o governo tem que passar a respeitar o Senado, assim como o governo estadual tem que respeitar a Assembléia. São poderes que não podem ser ignorados, tem que haver o diálogo entre eles", concluiu Rusch.