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Obras Públicas Terão que Usar Areia Industrial

O desenvolvimento sustentável tão em voga nos dias de hoje também está presente em projetos de lei votados pela Assembleia Legislativa. Nesta semana a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o Projeto de Lei nº. 62/10, que determina a utilização de areia industrial, aquela extraída dos finos de britagem ou pó de pedra, em obras públicas. A matéria, antes de ir a plenário, ainda deve passar pela análise prévia das comissões permanentes.

Na avaliação da deputada Rosane Ferreira (PV), que é autora do projeto, as empresas fornecedoras de agregados para a construção civil devem exercer suas atividades zelando pelo meio ambiente, “de modo a reduzir o impacto ambiental causado pela exploração dos recursos naturais”, justifica.

Se aprovada a matéria pelos deputados, o governo terá 120 dias para regulamentar a aplicação. Assim, as obras públicas terão que deixar de usar areia natural e adotar apenas a industrial.

A deputada explica que a extração de areia natural, realizada em áreas de preservação permanente como as bacias hidrográficas, tem destruído de forma irreversível as várzeas. Ela disse ainda que o processo tem impacto agressivo no equilíbrio do meio ambiente e, que, isso poderá ser mudado com o uso de outras alternativas, tais como a explora­ão de arenitos e desmonte de rochas.

“O uso de novas fontes de recursos não só tem mais vantagens técnicas equiparadas à areia natural, mas também o impacto ambiental seria sensivelmente reduzido e economicamente viável, além de permitir a recuperação da área ao término da exploração”, defendeu.

VANTAGENS – Estudos identificaram algumas vantagens do uso de areia industrial para edificações, inclusive que o produto pode ser utilizado tanto na produção de argamassas, como no concreto. Além do que, o recurso pode ser facilmente adquirido, uma vez que o Paraná conta com uma produção de 20 milhões de toneladas de agregados por ano, sendo 46% de brita e 52% de areia.

“O mercado de produção de areia industrial está preparado para suprir a demanda imediata de substituição da areia natural pelos agregados artificiais, o que demonstra a viabilidade técnica e econômica da proposta”, reitera Rosane Ferreira.


 

 

 

 

 
 

 
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