Rossoni avisou que a oposição vai “usar de todos os artificios regimentais possíveis e imagináveis para impedir a aprovação de aumento de 20% no IPVA e para outros tributos que o governo vier propor”. O deputado lembrou que o governo já autorizou, semana passada, aumento nas taxas do Detran em até 230%. “A melhor forma de diminuir o problema de caixa é deixar de fazer loucuras”, disse Rossoni. Para o deputado estão entre as loucuras que levaram o estado a uma situação financeira complicada a “criação de cargos, o inchaço da máquina administrativa, despesas excessivas com viagens e infindáveis pendências judiciais em que o Paraná invariavelmente sai perdendo”. “Esse governo não cumpre o compromisso com a ParanaPrevidência. Eles estão levando o Estado à falência, tanto que tiveram que maquiar o balanço do ano passado. Todos conhecem a estratégia do governador Roberto Requião de jogar para os outros a culpa dos problemas que ele cria e depois não consegue resolver.”, disse Rossoni. “Desta vez Requião se superou. Sem querer admitir que os erros da sua administração abalaram as finanças do estado a ponto do governo não conseguir mais cumprir as exigências constitucionais com relação a gastos com saúde pública, caiu no ridículo. O governador diz que a exigência contida na Emenda 29, que obriga que gastos com saúde sejam realmente feitos em saúde, é uma invenção dos laboratórios farmacêuticos. Isso é um absurdo”, concluiu Rossoni. Requião derrubou arrecadação de ICMS no interior, diz Rossoni O deputado Valdir Rossoni (PSDB), líder da Oposição na Assembléia, apontou nesta quarta-feira (14) uma importante queda na arrecadação do ICMS no interior do estado entre 2003 e 2006, período que corresponde ao mandato anterior de Roberto Requião. Em 2003 a arrecadação desse tributo no interior foi de R$ 806 milhões, em 2006 o estado arrecadou R$ 710 milhões, uma queda de R$ 96,9 milhões ou 13,65%. “No interior do estado, com exceção de União da Vitória, que cresceu 14,76%, os demais muncípios tiveram quedas expressivas na arrecadação do ICMS. Guarapuava caiu 173,11%. Passou de R$ 57,9 milhões em 2003 para R$ 21,2 milhões. Pato Branco despencou de R$ 57,1 milhões para R$ 34,9 milhões, uma queda de 63,61%. Jacarezinho arrecadou em R$ 24,3 milhões em 2003 e desceu para R$ 17,5 milhões em 2006, uma queda de 38,86%” diz Rossoni. Essa queda, num período em que o país cresceu é muito estranha e o governo deveria vir a público explica-la”, diz Rossoni. O deputado revelou que o caso mais espantoso de queda de arrecadação foi localizado em Guarapuava, cidade que registrou uma queda de arrecadação histórica de 173,11%. Rossoni cobrou uma explicação para o fenômeno da queda de arrecadação de ICMS no interior do Paraná. Para o deputado, as hipóteses são muitas e nenhuma delas é boa para o governo. “Alguns contribuintes teriam sido agraciados com ‘regimes especiais’ de recolhimentos? Houve uma retração econômica sem precedentes no município que refletiu tal queda nos recolhimentos? Teria acontecido uma quebra geral nas empresas que fez com que ficassem inadimplentes?”, questionou. “No mínimo, a situação revela que o governo Requião não conseguiu elaborar uma política minimamente eficiente para a atração de empresas para o interior do estado”, concluiu.