Diversos estudantes e servidores públicos que acompanharam os debates durante o II Seminário da Escola do Legislativo, nesta quinta-feira (10), enalteceram os méritos da iniciativa, destacando que a experiência contribuiria para o aprimoramento dos serviços desenvolvidos nas suas instituições ou para o bom desenvolvimento de seus trabalhos acadêmicos. Além disso, consideraram muito pertinente a discussão a respeito da reforma política, tema complexo que divide opiniões e é objeto de grandes polêmicas no Congresso Nacional.
Este é, de acordo com o diretor da Escola do Legislativo, Dylliardi Alessi, o momento oportuno para o debate com a sociedade. “O tema está em pauta e muito provavelmente estará no Plenário da Câmara dos Deputados em outubro”, explicou. Para o 1º vice-presidente da Assembleia, deputado Guto Silva (PSD), que abriu o evento, é dever do Legislativo inserir os cidadãos nos debates que geram grandes mudanças no país. “Nós temos, através da Escola do Legislativo, procurado buscar os assuntos tão pertinentes e dar difusão sobre este conhecimento, ampliando o debate com a população”, afirmou.
A mestranda em Ciências Políticas da UFPR, Geissa Cristina Franco, aproveitou o debate para fortalecer sua tese de mestrado. O tema que ela escolheu para apresentar como trabalho de conclusão diz respeito à Assembleia Legislativa, com uma visão sobre os vetos do Poder Executivo sobre projetos e emendas aprovados pelos parlamentares. “Ter este espaço cedido pela Assembleia, junto com a universidade, para que a população esteja presente, é uma maneira de debater melhor estes temas, principalmente por termos especialistas da área falando sobre isso”, afirmou.
O estudante do curso de Ciência Política da UFPR, Elias Alvizuri, é mexicano e está no Brasil há apenas um ano e meio. De acordo com ele, a reforma política em curso precisa ser debatida amplamente com a sociedade, para que se compreendam os impactos que ela pode gerar. “Grande parte das pessoas não está inteirada neste tipo de reformas. É importante que se conheçam as mudanças e elementos que vão incorporar os sistemas eleitoral e político. É ótima esta oportunidade que a Assembleia está oferecendo à sociedade e demonstra o interesse do Legislativo para que a população entenda o que está acontecendo no país”, afirmou.
O vereador mais jovem do município de Cerro Azul, Eduardo Von Der Osten (PV), veio à Assembleia acompanhar o seminário. Segundo ele, a câmara de vereadores de seu município tem a intenção de criar um canal de comunicação com a sociedade, a exemplo do que ocorre com a Escola do Legislativo da Alep. “Esta troca de conhecimentos com a população é muito importante. Estamos estudando, inclusive em conversas com a Assembleia, para implantarmos algo parecido em Cerro Azul. É uma maneira de mostrar e aprimorar nosso trabalho”, explicou.
De acordo com o estudante de Direito José Fernandes, de Araucária, que participou do seminário como espectador, o evento mostra a disposição da Escola do Legislativo em mostrar o que é produzido na Assembleia, com debates, cursos e palestras. “É oportuno os gestores da Assembleia terem sempre esta visão à frente. Eu acompanho e tenho contato com outras assembleias legislativas de outros estados brasileiros e é muito difícil observar uma tão atuante como a paranaense”, afirmou.
Para o estudante Breno Pacheco Leandro, recém-formado em Ciências Sociais, o debate provocado pela Escola do Legislativo acrescenta muito ao conhecimento que ele já tinha sobre a reforma política, assunto que vinha acompanhando apenas por meio da imprensa. “Do que foi apresentado nas palestras eu sabia pouca coisa e alguns pontos que eu já tinha conhecimento foram reforçados pelos professores. Isto é muito importante, especialmente por causa do tom acadêmico que foi dado ao evento”, disse.
Jussara Cardoso, formada em Ciências Políticas, prestigiou o trabalho da Escola do Legislativo acompanhando as palestras do seminário. Para ela, quanto mais espaços abertos pelas assembleias em todo Brasil, mais peso para as discussões políticas que a sociedade precisa fazer. “Trabalho de base, fundamental. A abertura para a população é necessária para entendermos a situação política que vivemos, o histórico político, e acabar com a apatia da população e este ranço de desinteresse que o país ainda tem”, explicou.