O deputado estadual Péricles de Mello (PT), presidente da Comissão de Educação, presidiu nesta quarta-feira, dia 2, reunião entre o Comitê em Defesa do Ensino Superior Público do Paraná e o líder do governo na Assembléia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB). Em pauta, o reajuste salarial proposto pelo Poder Executivo e o Projeto de Lei de equiparação salarial entre a categoria e funcionários técnico-administrativos das instituições de ensino superior estaduais. Péricles intermediou o encontro com o objetivo de um entendimento entre governo e professores universitários. Na semana passada o governo do Estado enviou à Assembléia o projeto de reajuste salarial dos servidores públicos, que deve ser votado pela Casa na semana que vem. Os professores reivindicaram uma revisão do Plano de Cargos e Salários dos docentes das Instituições Estaduais de Ensino Superior, conforme Lei 11.713 de 1997. Ficou deliberado que o líder do governo, deputado Romanelli, acompanhado do deputado Péricles, se reunirão com a secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto e a secretária da Administração e da Previdência, Maria Marta Lunardon, além do secretário do Planejamento, Enio Verri, no sentido de retomar os trabalhos do Grupo Técnico proposto para estudar a reposição salarial, e com a finalidade de evitar o fechamento das negociações antes de um entendimento. Péricles vai propor ao governo do Estado que seja criado uma comissão para elaborar um novo plano de cargos e salários, verificando as reais necessidades da categoria para que haja uma equiparação justa. O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Henrique Radomanski, disse que por causa dos baixos salários, a Universidade Estadual de Maringá perdeu cerca de 15 professores doutores do curso de informática e agora corre o risco de fechar o curso de pós-graduação da mesma área.Os Sindicatos estão fazendo assembléias regionais para debater o reajuste salarial. O Comitê voltará a se reunir no dia 5 de maio, em Londrina, quando serão avaliadas as propostas oriundas das assembléias gerais e, como conseqüência, encaminhará uma proposta unificada de mobilização. Além de Maringá, participaram da reunião representantes dos Sindicatos de Ponta Grossa e de Londrina. VetoO Projeto de Lei 542/06 que eleva o salário dos professores de R$ 960 para R$ 1.856,18, foi aprovado pelos deputados em dezembro do ano passado, foi vetado logo em seguida pelo governador Roberto Requião.Foto: Assessoria Comitê de Ensino Superior