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Portadores de doença celíaca participam de seminário promovido na Assembleia e contam como lidam com a doença

Aos 32 anos,   Luciana Vieira Moura,  vive um drama. Teve câncer de boca e descobriu que tem tumores malignos nas mamas.  Tudo em função da falta de um diagnóstico  precoce de doença celíaca. Ela conta que os sintomas apareceram desde que era bem pequena, mas  os médicos nunca desconfiaram de que  podia ser outra coisa que não fosse virose.

(sonora)

  Luciana participou de um seminário promovido nesta sexta-feira pela deputada Cláudia Pereira, do PSC, na Assembleia Legislativa do Paraná, onde especialistas em doença celíaca  falaram sobre causas, diagnóstico e tratamento.  

 A doença celíaca é do grupo das doenças chamadas autoimunes, em que o organismo ataca a si mesmo. É uma doença crônica, que atinge tanto crianças como adultos, alterando a absorção normal na primeira porção do intestino. Causa atrofias das mucosas do intestino delgado, prejudicando a absorção de nutrientes, vitaminas, sais minerais e água. É uma doença muito comum, que afeta cerca de 1% da população mundial,  embora seja pouco diagnosticada, já que na maioria dos portadores não apresenta sintomas ou só os quetem em grau mínimo. É mais comum em mulheres e em parentes de primeiro grau de portadores da doença. Em geral se manifesta entre o primeiro e terceiro ano de vida, ocasião em que o glúten é introduzido na alimentação da criança, mas pode também surgir em qualquer idade, inclusive na vida adulta.

Segundo o Conselho Nacional de Saúde,  no Brasil ainda não há um número oficial sobre a prevalência da doença, mas uma pesquisa publicada em 2005, pela Universidade Federal de São Paulo  (Unifesp), em um estudo feito com adultos doadores de sangue, o resultado apresentou incidência de um celíaco para cada grupo de 214 moradores de São Paulo..  Um estudo global feito ano passado apontou que morrem por ano  no mundo 42 mil crianças, em decorrência da doença.

   E a maioria destas mortes  poderia ser evitada não fosse a desinformação.   Na palestra que fez durante o seminário, a nutricionista Mariane Rovedo, que é portadora da  doença,   explicou a importância da alimentação sem o uso do glúten, principal causa dos males provocados pela doença, e que  saúde que sabor.

 (sonora)

  Com a doença celíaca mais difundida, surgiram muitas empresas especializadas na fabricação de  alimentos sem glúten. Caso de  Marcos Vinícius Menezes. Ele a a mulher elaboraram uma receita de Brownie sem o componente que é faz o  maior sucesso. A partir daí, o negócio cresceu e ele conta que precisou até largar o emprego como designer.

(sonora)

  

   Mas um depoimento positivo chamou a atenção dos participantes do seminário. Patrícia Santos, que é mãe de Fabrícia.  de 10 anos,  disse que lida da melhor forma  com a doença celíaca da filha, que recebeu esse diagnóstico há apenas três anos. A mãe, que preara toda a alimentação especial da filha única, diz que se tornou referência na turma na escola e que a doença aproximou os colegas de Fabrícia.

((onora com patrícia))

 E Fabrícia  gosta de lembrar  que o gosto da comida sem glúten é bom e que agora todos os colegas querem saborear as delícias que a mãe dela faz. E dá uma lição de maturidade ao falar da doença.

(sonora)

De Curitiba, Cláudia Ribeiro.

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