Na reunião desta quarta (26) da CPI da Ocupação Fundiária de Pontal do Paraná da Assembleia Legislativa, os deputados iriam ouvir duas testemunhas: o prefeito de Paranaguá e um dono de cartório de Registro de Imóveis de Matinhos, Alceste Ribas de Macedo Filho, que não compareceu por motivo de doença, segundo atestado médico que enviou à comissão.
Já o prefeito Edison Kersten foi ouvido. Disse que conhece o fato da suposta ocupação fundiária irregular de maneira superficial. Ele assumiu a prefeitura em 2013, depois da morte do prefeito, Mário Roque. Mas colocou a equipe à disposição da CPI para esclarecer dúvidas e afirmou que vai procurar o presidente da Câmara do município para tentar obter documentos que são importantes para a Comissão.
(sonora)
A CPI formada na Assembleia, investiga supostas irregularidades na Ocupação Fundiária de Pontal do Paraná depois de uma doação de um terreno de 3 mil hectares feita pelo Governo do Paraná ao município de Paranaguá, na década de 1950. A área teria sido doada pelo prefeito da época a uma empresa privada um dia após a negociação com o Estado, sem a aprovação da maioria dos vereadores. Os deputados já descobriram que o então prefeito era sócio da empresa que recebeu a área.
Uma ação na justiça impede inclusive que a empresa negocie imóveis na área, que é gigantesca.
O relator da CPI, deputado Tião Medeiros (PTB) acredita que os indícios apontam cada vez mais para a ilegalidade da negociação. Ele diz que representantes da empresa devem ser ouvidos nas próximas reuniões da CPI, que segundo o parlamentar, está tendo avanços.
(sonora)
Integram a CPI ainda o presidente, deputado Fernando Scanavaca (PDT), Nereu Moura (PMDB), Bernardo Carli (PSDB), Hussein Backri (PSC), Dr. Batista (PMN) e Rasca Rodrigues (PV). Caso as irregularidades na doação sejam comprovadas, a CPI deve procurar os órgãos competentes para anular a negociação.