Repórter cinematográfico Café será homenageado pela Assembleia Legislativa do Paraná Projeto de resolução propõe que o espaço da Tribuna da Coletiva de Imprensa receba o nome do profissional, falecido no início deste ano.

03/04/2024 14h52 | por Nádia Fontana
Homenagem proposta pela Comissão Executiva visa o reconhecimento ao trabalho incansável do repórter cinematográfico carinhosamente chamado de “Café”, que diariamente realizava a cobertura jornalística das atividades do Parlamento estadual.

Homenagem proposta pela Comissão Executiva visa o reconhecimento ao trabalho incansável do repórter cinematográfico carinhosamente chamado de “Café”, que diariamente realizava a cobertura jornalística das atividades do Parlamento estadual.Créditos: Divulgação

Homenagem proposta pela Comissão Executiva visa o reconhecimento ao trabalho incansável do repórter cinematográfico carinhosamente chamado de “Café”, que diariamente realizava a cobertura jornalística das atividades do Parlamento estadual.

Denominar de Elizeu Ferreira da Silva a Tribuna da Coletiva de Imprensa da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná. Esse é o objetivo de uma singela homenagem proposta pela Comissão Executiva em reconhecimento ao trabalho incansável do repórter cinematográfico carinhosamente chamado de “Café”, que diariamente realizava a cobertura jornalística das atividades do Parlamento estadual.

No projeto de resolução (nº 1/2024), em discussão nas Comissões Permanentes, os autores – deputado Ademar Traiano (PSD), presidente da Assembleia; Alexandre Curi (PSD), primeiro-secretário; e Maria Victoria (PP), segunda-secretária – enfatizam o seguinte: “Eliseu Ferreira da Silva, carinhosamente conhecido por todos como Café, exerceu carreira no universo da comunicação desde 1978, trilhando um longo e respeitado percurso até se tornar um nome reconhecido no jornalismo paranaense”. Segundo Traiano, “o Café deixou um legado de amizade e de profissionalismo por onde passou. Dedicar a ele um espaço aqui na Assembleia, é reconhecer e eternizar toda a contribuição que ele deu para o Legislativo e para os paranaenses através do jornalismo sério e comprometido”. “É uma homenagem justa e merecida”, acrescentou.

“O Café era figura carimbada nas coletivas da Assembleia. Descendo para o plenário para uma sessão quente, com pautas polêmicas, ou para uma sessão mais tranquila, com projetos de tramitação fácil e que sabíamos que a aprovação seria unânime, uma certeza nós tínhamos: encontraríamos a câmera do Café apontada para nós, pronta para registrar nossas explicações ou mesmo nos fazer cobranças”, lembrou Alexandre Curi. Por isso, considera “justo que o espaço em que ele, por anos, exerceu seu trabalho receba, agora seu nome, numa singela homenagem a esse profissional que levou os acontecimentos da Assembleia para milhões de telespectadores paranaenses,” frisou.

A deputada Maria Victoria (PP), também lembra o profissionalismo, a alegria e o comprometimento de Café na cobertura diária dos acontecimentos na Assembleia Legislativa: “Uma homenagem justa a um dos profissionais de comunicação mais emblemáticos do nosso dia-a-dia. Café aliava bom humor, profissionalismo e dedicação para acompanhar todas as agendas aqui na Assembleia. Sempre solícito com os colegas da imprensa, com os funcionários da Casa e com os parlamentares,” afirmou. A Tribuna da Coletiva de Imprensa, que deve receber o nome do repórter falecido em fevereiro deste ano, está localizada junto ao Espaço Cultural do prédio administrativo da Assembleia.

Perfil

Eliseu Ferreira da Silva, carinhosamente conhecido por todos como Café, exerceu carreira no universo da comunicação desde 1978, trilhando um longo e respeitado percurso até se tornar um nome reconhecido no jornalismo paranaense. Sua jornada começou nas funções de contrarregra na então TV Iguaçu, onde não demorou a mostrar seu talento e dedicação, evoluindo rapidamente para operar as câmeras de estúdio. Esta habilidade e paixão pela captura de imagens o conduziram ao papel de repórter cinematográfico nos anos 1980, uma posição que ele exerceu com distinção em diversos veículos de comunicação de Curitiba. Durante os últimos vinte anos, Café dedicou-se à cobertura jornalística na capital paranaense como correspondente da CATVE, emissora de Cascavel. Seu foco estava principalmente nas agendas políticas, tornando-se uma presença constante e respeitada no Palácio Iguaçu. Sua habilidade em capturar momentos cruciais e sua integridade jornalística fizeram dele um profissional muito estimado, não apenas por colegas de profissão, mas também pelos governadores, por secretários de Estado, pela Assembleia Legislativa do Paraná, enfim, por todos que compõem o meio político do estado. Café era casado com Sirlei Aparecida de Morais da Silva e tinha três filhas: uma com Sirlei e duas do primeiro casamento. Segundo a família, ele foi acometido por meningite e esteve internado com problemas de saúde por um longo período. Faleceu aos 66 anos, no dia 7 de fevereiro de 2024, em Curitiba.

Memória

Diversos espaços da Assembleia Legislativa do Paraná, que está completando 170 anos, reverenciam personalidades marcantes para a história dos paranaenses. Importante recordar que o espaço do Plenário, onde acontecem as sessões para votações de projetos de leis, solenidades e audiências públicas, é chamado de Deputado Waldemar Daros. Ele era deputado estadual durante a instauração da ditadura militar no Brasil e, em 1964 foi cassado. Registros históricos (HELLER; DUARTE, 2000, p. 133-136) mostram que no dossiê usado para justificar a cassação havia uma coleção dos seus discursos na Assembleia Legislativa e suas críticas ao governador Ney Braga. Daros faleceu em setembro de 1968, vítima de um derrame cerebral.

Outros parlamentares com atuação relevante ao longo dessa história também são reverenciados pelo Legislativo. Nas proximidades do Plenário existem salas onde ocorrem as reuniões das 29 comissões permanentes, que têm caráter técnico-legislativo ou especializado, e fazem parte da estrutura institucional da Casa. Uma delas recebeu o nome da Deputada Irondi Pugliesi; enquanto uma outra foi nominada Deputado Caíto Quintana; e a “Sala de Reuniões”, como é chamado informalmente o maior espaço anexo ao Plenário, tem o nome de Deputado Arnaldo Busato. Já o nome do deputado Duílio Genari está gravado na galeria do 1º balcão, enquanto   a galeria do 2º balcão é conhecida como Galeria Deputado Gilberto Carvalho. Ambas estão localizadas no Plenário.

O Plenarinho, outro importante local de discussões e reuniões determinantes para as políticas públicas, localizado no térreo do Parlamento estadual, chama-se Deputado Luiz Gabriel Sampaio; o Salão Nobre é nominado de Senador Acioly Filho; e o Auditório Legislativo, instalado no terceiro andar do prédio do Plenário homenageia o deputado Rubens Recalcatti. Por outro lado, o hall do segundo andar do Prédio Administrativo da Casa abriga o Espaço Deputado Bernardo Guimarães Ribas Carli, em homenagem ao parlamentar falecido precocemente em 2018, aos 32 anos, em um acidente de avião.

Dois profissionais da comunicação, que tiveram uma marcante trajetória no jornalismo paranaense, e foram funcionários da Casa de Leis, são, igualmente, lembrados com seus nomes eternizados no Comitê de Imprensa: a sala Jornalista Roseli Abrão, fica do lado esquerdo; e a Sala Jornalista Wilmar Sauner, no lado direito. O Comitê, localizado no Plenário, é o local que recebe os profissionais dos mais diversos veículos de comunicação e também das assessorias de imprensa.

Toda a estrutura do complexo que abriga a Assembleia Legislativa do Paraná, no bairro Centro Cívico (em Curitiba), chama-se Centro Legislativo Presidente Aníbal Khury, tendo o prédio administrativo sendo batizado de 19 de Dezembro, e o edifício onde estão localizados os 54 gabinetes dos deputados, nominado de Presidente Tancredo Neves. Khury, que assim como Waldemar Daros foi cassado pelo regime militar (só que em 1969), foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1954. Voltou a ocupar uma das cadeiras do Parlamento em 1982, sendo reeleito sucessivamente para as legislaturas seguintes. Faleceu no dia 30 de agosto de 1999 quando ainda ocupava a cadeira de presidente da Assembleia.

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