Romanelli Defende Preservação e Tombamento da Praça do Batel

05/06/2007 14h45 | por Zé Beto Maciel / Luiz Filho / (41) 9648-1104 - 9241-2401 - 3350-4191 / h2foz@hotmail.com / contato@luizromanelli.com.br / www.luizromanelli.com.br
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), líder do Governo na Assembléia Legislativa, defendeu nesta terça-feira (5) a preservação e o tombamento como patrimônio histórico e cultural da Praça Miguel Couto. Mais conhecida como Pracinha do Batel, a praça abriga umas das mais tradicionais e umas das únicas feiras gastronômicas remanescentes em Curitiba e está ameaçada de ser dividida em dois blocos em função da construção de um shopping center em suas cercanias. “Toda aquela região tem uma vida e aquela pracinha é um ponto de encontro dos moradores, um dos únicos lugares públicos em Curitiba onde ainda é possível encontrar vizinhos e amigos, como antigamente, apesar de a cidade ter se transformado em uma grande metrópole. No local está instalada uma banca de revistas e uma floricultura”, disse Romanelli ao apartar o pronunciamento do deputado Osmar Bertoldi (DEM), que também defende a praça. Romanelli disse que ainda que as obras viárias em torno da Praça do Batel podem comprometer a qualidade de vida dos moradores da região. “É uma região importante e certamente deve ser preservada. Espero que o que esteja acontecendo ali não seja para poder beneficiar os donos de um novo shopping center nas proximidades – o que vai demandar ainda um grande tráfego justamente na frente de um dos mais importantes hospitais de Curitiba: o Hospital Santa Cruz”, disse.Tombamento - Para impedir que um dos pontos históricos da cidade seja destruído pelas máquinas da prefeitura, o advogado e coordenador do Movimento Amigos do Batel, Rafael Xavier, protocolou na Secretaria de Cultura um pedido para o tombamento histórico da praça, que já faz aparte da história da cidade há mais de 120 anos. Vera Mussi, secretária da Cultura, adiantou que Comissão de Tombamento analisará ainda este mês o caráter histórico e a relevância do pedido. “Acredito que em função do seu valor histórico, cultural e natural, o pedido será acatado e praça será preservada”, disse Xavier.Além do pedido para o tombamento, Xavier entrou com uma ação popular na Vara da Fazenda com pedido de liminar que impeça a prefeitura de iniciar as obras previstas para este mês de junho antes de qualquer julgamento da ação ou do pedido de tombamento.História - A Praça Miguel Couto é uma homenagem ao herói da Revolução Federalista (1893-1895), Idelfonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul. Segundo as famílias tradicionais de Curitiba, o terreno da praça foi doado à prefeitura de Curitiba e ao povo curitibano, pela viúva do Barão, Baronesa do Serro Azul, e seus herdeiros.Na primeira metade do século 19, naquela encruzilhada do caminho, teria encalhado um “Batel”, barco festivo destinado à festança no Rio Iguaçu, em São José dos Pinhais, levado sobre carroça pelo cidadão Torquato Paulino Nogueira, conforme está registrado no “Livro Tombo da Matriz Curitiba”. Isto teria dado o nome ao Bairro, pois o barco ali permaneceu até sua deterioração com o decorrer do tempo.A construção “Glorieta Grega”, com a colunata neoclássica onde está o busto do barão é exemplar de praça representativa da “Curitiba – Nova Hélade”, sonho dos poetas simbolistas e neopitagóricos, entre eles Dario Velozzo e Emiliano Pernetta. Este mesmo estilo neogrego encontra-se presente em outros locais da cidade, como no prédio central da Universidade Federal do Paraná, no Templo das Musas do Instituto Neo-Pitagórico da Vila Isabel, no “tholos” da Igreja Presbiteriana Independente.

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