A Assembleia Legislativa promoveu uma sessão especial nesta quarta-feira (7) em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, que é celebrado mundialmente em 8 de março. O evento, que assinalou as lutas e conquistas históricas das mulheres ao longo dos anos, atendeu a uma proposição da deputada Cantora Mara Lima (PSDB), que foi apoiada pelas deputadas Rose Litro (PSDB), Luciana Rafagnin (PT) e Marla Tureck (PSD), e que teve a aprovação unânime dos demais parlamentares.
A secretária e primeira dama Fernanda Richa; as deputadas federais Cida Borghetti (PSD) e Rosane Ferreira (PV); a prefeita de Assis Chateaubriand, Dalila José de Mello; a empresária Flora Madalosso Bertolli; a vice-reitora da Universidade Estadual de Maringá, Neusa Altoé; a 3º sargento QPM 1-4 Silvana Hass da Silva; e a catadora de material reciclável Maria José de Oliveira Santos (Lia); estavam entre as 54 mulheres h
omenageadas pelo Legislativo paranaense na oportunidade, por ações de destaque nas várias áreas de atuação. A sessão contou também com a presença da presidente da Associação das Senhoras dos Deputados (Apasde), Susana Rossoni, do 1º secretário deputado Plauto Miró (DEM) e do 2º secretário Reni Pereira (

PSB), entre diversas outras autoridades. Uma performance do ator e comediante Luiz Berlin foi o momento de descontração durante a cerimônia, que foi prestigiada ainda por delegações de mulheres procedentes de diferentes regiões do estado, ligadas aos movimentos populares.
Lutas e conquistas – Os trabalhos foram abertos por Rossoni (PSDB), que situou historicamente o evento ao lembrar que a cada dia as mulheres ampliam seu papel na sociedade, levadas pelas características pertinentes ao gênero. Citou o caso da ministra Carmem Lúcia, que acaba de assumir a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, para concluir que, apesar das grandes conquistas, ainda há muita luta pela frente: “Cumprimento e presto homenagem a todas as mulheres, exemplos de coragem, vitória e competência”.

Em seguida Rossoni passou a palavra à deputada Cantora Mara Lima, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, que recorreu a estatísticas para mostrar como a participação da mulher é decisiva na vida moderna e como ela está cada vez mais consciente desta situação. Citou o fato de o Brasil ser presidido por uma mulher e destacou a representação feminina no Poder Legislativo, para estimular a que a mulher participe ainda mais ativamente da vida pública, inclusive disputando mandatos eletivos.
A deputada Luciana Rafagnin foi a oradora seguinte, homenageando as mulheres que, ao longo da história brasileira, perderam a vida lutando por melhores condições de vida e por uma sociedade mais justa e generosa. A deputada elencou medidas de cunho social do governo Dilma Roussef e dedicou especial atenção aos movimentos em favor da reforma agrária, que agregam um grande contingente de mulheres em todo o país.
Solidariedade – Já para a deputada Marla Tureck é importante enaltecer, sempre, a importância do papel da mulher na construção de uma sociedade justa: “Enalteço, neste momento, a importância do trabalho desenvolvido no município de Campo Mourão, que tem a finalidade de oferecer qualificação profissional, mensalmente, a cerca de três mil mulheres”, destacou. Em seu pronunciamento em Plenário, a parlamentar citou uma passagem bíblica que enfatiza o fato do amor ser um dom supremo.
Por outro lado, a deputada Rose Litro citou a importância da atuação

das mulheres que hoje ocupam cargos estratégicos em inúmeras áreas e países. “São muitas as mulheres que deixaram e deixam sua marca na história, lutando para construir um mundo melhor”, frisou.
A secretária Fernanda Richa, ao se pronunciar, afirmou considerar ser um privilégio participar deste evento. Ela elogiou a atuação das quatro mulheres que atuam no parlamento paranaense: “Com muita competência, muito trabalho, sensibilidade feminina, e acima de eventuais distinções políticas ou partidárias, elas representam uma parcela substancial dos cidadãos paranaenses aqui nesta Casa”.

Fernanda Richa lembrou que a presença da mulher se multiplica na vida pública, no mundo dos negócios e nas grandes corporações. “O fazer feminino dá um sentido mais justo e solidário à busca da felicidade coletiva. Não porque a mulher seja melhor que o homem. Somos iguais nas nossas diferenças. Mas porque a mulher faz diferente e, acima de tudo, porque quando os dois têm oportunidade de trabalhar juntos, com direitos e deveres compartilhados, na boa medida das coisas, o resultado sempre é melhor”, garantiu.
Em seguida, o Plenário ouviu a delegada Franciela Alberton, da Delegacia da Mulher do Município de Pato Branco, que falou sobre as mudanças provocadas na sociedade pela Lei Maria da Penha, e a educadora do campo Maria Izabel Grein, representante dos movimentos das mulheres do Paraná. “Lutamos por uma sociedade onde todas as pessoas sejam iguais”, frisou Maria Izabel. A solenidade foi encerrada com a execução da música “Se todos fossem iguais a você”, pela Banda de Música da Polícia Militar.