Preocupado com as demissões em massa dos vigilantes terceirizados no Paraná, o deputado estadual Ademar Traiano (PSDB) se posicionou contrariamente à mensagem do Executivo que substitui vigilantes por policiais militares da reserva na guarda de prédios públicos. O documento foi discutido no plenário da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (23) e reuniu representantes da categoria nas galerias da Casa, que também protestaram a proposta pelo governador Roberto Requião.A medida prevê a substituição dos vigilantes também em escolas, postos de saúde, hospitais, museus e outros estabelecimentos. Se aprovada pela maioria dos deputados, Traiano informou que cerca de sete mil profissionais estarão desempregados. "Os policiais da reserva já estão aposentados e os seguranças terceirizados têm família para sustentar e precisam trabalhar", defendeu o parlamentar, informando que o treinamento recebido pelas categorias é diferente, sendo que o segurança atua pela prevenção de conflitos, e não pela repressão.Traiano acredita que a mensagem do governador deva ser analisada pelo ponto do desemprego que assolará o Paraná e com difícil recolocação no mercado de trabalho. O teor da proposta foi motivo de polêmica entre a categoria dos vigilantes, que se manifestou contrária a aprovação do texto.O projeto do governo, ainda, fere a Constituição Federal sobre a obrigatoriedade de realização de concurso público, além da necessidade de realizar licitação para a contratação destes serviços. Além disso, Traiano finalizou dizendo que "a guarda de prédios públicos vem sendo desenvolvida com eficiência, durante longo tempo, por empresas privadas especializadas."