A SEGURANÇA NO TRÂNSITO É PARA TODOSMarcos Isfer O maior bem de uma pessoa é a sua família, mas, muitas vezes o ser humano cuida melhor de seus pertences materiais do que da própria prole.Um exemplo disto pode ser visto diariamente no trânsito de nossa cidade. O indivíduo que sai de carro todos os dias verifica se colocou combustível, se o óleo foi trocado, se há água no limpador, enfim, tarefas pertinentes ao uso de um automóvel. Porém, esquece do cuidado com seus ocupantes. Já diz a lei que é obrigatório o uso de cinto de segurança por todos os ocupantes do veículo. E o que vemos? Apenas o condutor e o passageiro do banco da frente. O simples ato de entrarmos num carro, pode nos transformar em estatística, aquela que ouvimos diariamente, mas temos certeza de que não faremos parte. O Brasil é um dos países campeões em mortes por acidentes de trânsito, e Curitiba, uma cidade modelo de urbanização, também sofre deste mal. Observe: em Curitiba e região metropolitana, cerca de 100 vítimas de acidentes de trânsito até 14 anos deram entrada em hospitais, segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil. Destas, 55 como ocupantes de veículos, 32 como ciclistas e 13 como pedestres, as informações estão no site: www.criancasegura.org.br. O pedestre, o ciclista, o motoqueiro e o motorista compõem esse nosso trânsito que a cada dia parece estar mais conturbado. Mas nós fazemos o trânsito de nossa cidade, nos cabendo a função de sermos responsáveis. Para exercermos essa responsabilidade, podemos começar ao entrar no nosso carro. Devemos exigir que todos usem o cinto de segurança e se tivermos crianças, para o bem delas, fazer com que usem um assento de segurança, ou como dizemos a cadeirinha. Segundo dados da Ong Criança Segura, que tem a missão de promover a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes até 14 anos, esses dispositivos de segurança para carro reduzem em até 71% o risco de morte da criança, se usados corretamente.Agora abordo um tema que passa despercebido: o transporte seguro da criança no automóvel. Muitos pais não sabem o risco que correm ao levar o filho solto no carro ou no colo e, além disso, também cometem uma infração passível de multa. Como estes pais, milhares de outros já perderam seus filhos - crianças e jovens - em acidentes como colisões e atropelamentos. Se a fiscalização ainda não é rígida, sejamos conscientes. O trânsito não mata. O que mata são as atitudes do homem, mesmo que ele não tenha intenção. O descuido, a falta de atenção e a falta de informação convergem para os acidentes. Não devemos ser estatísticas, mas podemos reduzi-las, começando por nós mesmos, mudando nossas atitudes. Marcos Isfer (PPS/PR) é deputado estadual Informações: Luiz Henrique 3350-4098/3014-6348/96223091