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Artigo - Aprendendo Com a Aftosa

01/11/2005 13h02 | por Marcos Isfer
Aprendendo com a aftosaMarcos IsferO Brasil e o mundo receberam assustados a notícia do surgimento de um foco de febre aftosa em rebanhos brasileiros. Pior, em um dos estados onde a produção de carne bovina é referência mundial. Profissionais do mercado de exportações de carne calculam que os prejuízos com o embargo podem chegar a US$ 1 bilhão.Apurem-se as responsabilidades, investiguem-se os erros, rastreiem-se os caminhos da doença, tomem-se todas as medidas necessárias para conter esse episódio lamentável e assustador. Mas, acima e além de tudo, pensemos no futuro.Vamos aproveitar esse momento amargo para incorporar as lições que as adversidades nos trazem e propor soluções que possam melhorar substancialmente esse importante setor da nossa economia. Como se diz popularmente, tratemos de ´fazer uma limonada desse limão`.O agronegócio brasileiro em geral – e o paranaense, em particular, a despeito do fundamentalismo ensandencido que emana de alguns ambientes palacianos – é extremamente moderno e competitivo. Acompanhando, pari passu, o fenômeno da globalização, desenvolveu tecnologia e conhecimento gerencial que o habilita a disputar quaisquer mercados, não fora a desleal prática do mais deslavado protecionismo que principalmente a Europa e os Estados Unidos conferem aos seus produtores. Essa é uma luta política e diplomática que precisamos enfrentar com serenidade, mas com muita firmeza e patriotismo, propondo, cobrando e apoiando ações enérgicas do Governo Federal.No plano interno, há que se dar atenção muito especial à infraestrutura pública de apoio ao agronegócio, conhecidamente deficiente e muitas vezes desarticulada. É o caso, por exemplo, dos serviços públicos de fiscalização e de análise laboratorial.Na fiscalização, de qualidade técnica incontestável, o principal problema é a quantidade insuficiente de profissionais, ao lado de condições adequadas de trabalho para percorrer a imensidão continental em que se espalham as unidades de produção agropecuária. Enquanto isso, a análise laboratorial de suspeitas de aftosa do gado paranaense são realizadas em Belém, no Estado do Pará. Isso mesmo! Nossas amostras têm de ser enviadas até o outro extremo do Brasil, num passeio irracional que só gera angústia, demora e custo.Instituições de reconhecida tradição, como o IAPAR, poderiam ser equipados para prestar esse serviço, não apenas para os rebanhos locais, mas também para os demais estados da Federação. Ganharíamos em tempo e qualidade, agregando um selo adicional de excelência da carne produzida no Paraná. A propósito, esperamos que essa iniciativa seja encampada e liderada pelo próprio governador Roberto Requião, usando da prerrogativa que lhe outorgou a comunidade paranaense.Quando se assentarem os problemas provocados por essa ocorrência extemporânea de aftosa, precisamos e vamos estar preparados para ocupar o cenário internacional em um novo patamar – seremos então os melhores produtores brasileiros de carne para o mundo.Que o leite derramado agora pelo menos sirva para adubar novos e promissores horizontes para toda a cadeia produtiva do agronegócio paranaense.Marcos Isfer (PPS) é deputado estadual.

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