A Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Pessoa com Deficiência (CRIAI), presidida pelo deputado Evandro Araújo (PSD), promoveu, na manhã desta terça-feira (21), Dia Mundial da Infância, uma audiência pública, em formato híbrido, para debater a implantação de políticas públicas para crianças e adolescentes com altas habilidades ou superdotação no Paraná. O objetivo da audiência, segundo Evandro, foi discutir e tirar encaminhamentos concretos para aprimorar o projeto de Lei 564/2021, que trata sobre o tema, com foco na rede de ensino pública e privada do Paraná. O projeto já foi aprovado na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Paraná e deve ir a Plenário nas próximas semanas.
Estima-se que entre 1% a 3% da população, seja nacional ou a do Paraná, apresentem altas habilidades ou superdotação. O que significa que podem ser entre 110 mil a 330 mil paranaenses. Essas pessoas, quando estão no ambiente escolar, precisam encontrar condições para desenvolverem suas capacidades, de acordo com áreas do seu interesse. Por isso. O parlamentar convidou, além dos especialistas, representantes da Secretaria Estadual de Educação (SEED) para o debate. De acordo com Denise Maria de Matos, técnica de Altas Habilidades e Superdotação da pasta, explicou que só foi possível chegar a estes números a partir de um protocolo adotado pela SEED após a pandemia, que teve o objetivo de identificar esse público da rede estadual de ensino. Com isso, ela explica, professores e coordenadores estão sendo capacitados e políticas públicas vêm sendo implantadas de forma gradual. Para a especialista, a participação da Assembleia Legislativa nesse processo só traz benefícios.
(Sonora)
Apesar do foco na área educacional, a audiência pública contou com especialistas de renome nacional que trabalham o tema também na perspectiva médica, jurídica, familiar e da sociedade.
Segundo Evandro Araújo, ouvir os especialistas foi fundamental para ajudar em diversos pontos sobre como trabalhar esse tema em políticas e ações concretas, afinal, atualmente, um estudante com essas capacidades, em geral, não encontra na escola um ambiente adequado para desenvolver suas habilidades.
(Sonora)
Entre os especialistas que participaram da audiência, pedagogas especialistas em Superdotação, e Identificação e Avaliação da Altas Habilidades, psicólogos, que lidam diretamente com o assunto; advogados, professores. Em sistema remoto, palestrou o médico psiquiatra, Felipe Pinheiro De Figueiredo, e mães de crianças e jovens com altas habilidades, que relataram dificuldades pelos filhos não terem o atendimento adequado. Além delas, o deputado Pedro Paulo Bazana e representantes dos deputados Gilson de Souza (PL) e Flavia Francishini União), que também integra o grupo.