Assembleia debate projeto de lei que pretende melhorar a vida de pessoas com diabetes Durante audiência pública, profissionais reforçam importância da tecnologia para o monitoramento e controle do diabetes.

29/11/2023 17h13 | por Thiago Alonso
Audiência lotou o Plenarinho da Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira (29).

Audiência lotou o Plenarinho da Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira (29).Créditos: Valdir Amaral/Alep

Audiência lotou o Plenarinho da Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira (29).

A Assembleia Legislativa do Paraná iniciou nesta quarta-feira (29) o debate sobre a implantação de políticas públicas para a popularização e fornecimento pelo Estado de um aparelho que permite o controle da diabetes de pacientes paranaenses. O projeto de lei que institui o Programa de Monitoramento Digital Contínuo de Glicemia no Estado do Paraná será protocolado na Casa nas próximas semanas. Uma das medidas da proposta é o fornecimento de aparelho digital de medição e sensor de controle glicêmico para os pacientes com idade entre quatro e 17 anos com Diabetes Mellitus (tipo 1 e 2). A proposição é assinada pelo deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD), em parceria com o deputado Alexandre Curi (PSD) e a deputada Marcia Huçulak (PSD).

O assunto foi debatido durante a audiência pública “Diabetes: Você Precisa Conhecer”, que contou com a presença de parlamentares, especialistas e pessoas com diabetes. Os participantes reforçaram a importância da tecnologia para o monitoramento e controle da doença. Para eles, a apresentação da proposta pode melhorar a qualidade de vida dos paranaenses com diabetes.

O deputado Luiz Claudio Romanelli informou que o objetivo do encontro é provocar o debate sobre o fornecimento do equipamento. “Nós temos de tratar esse tema que envolve a diabetes dentro da política pública de saúde. Isso é necessário porque a diabetes, quando identificada e controlada, a pessoa adquire uma condição de vida muito melhor. Caso não tratada, é uma doença mortal. Por isso, o objetivo dessa audiência é justamente discutir com todos os seguimentos para que a gente possa articular um projeto para fazer o monitoramento por meio da tecnologia”, explicou.

A deputada Márcia Huçulak lembrou que este é um tema de saúde pública que precisa ser debatido com frequência para que se possa avançar no diagnóstico, no tratamento e no monitoramento da doença. A deputada recordou que a prevenção é necessária, já que mais de 10% da população brasileira convive com a diabetes. “Acho muito importante discutirmos todas as questões relativas à saúde. Discutir diabetes é debater qualidade de vida das pessoas. Pouca gente sabe, mas um bom controle pode prolongar a vida entre 10 e 15 anos. Então hoje não é só a medicação. A atividade física, a diminuição do estresse e a alimentação também são fundamentais para o controle da diabetes”, disse.

A médica endocrinologista Rosangela Réa, mestre em Medicina Interna pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenadora da Unidade de Diabetes do Hospital de Clínicas (HC), forneceu dados de que o auto monitoramento feito pelo sensor glicêmico pode ser implantado pelo o Estado. Segundo ela, os resultados do primeiro estudo brasileiro que faz uma amostra demonstrando que esse custo para o Estado está dentro daquelas para implementação de uma nova tecnologia. “O custo global do sistema pode se traduzir em melhor controle da doença”, disse.  

Durante sua apresentação, Oswaldo Avelino da Silva, presidente da Associação Paranaense do Diabético falou sobre o trabalho do órgão, com ações de acolhimento, educação, prevenção e promoção à saúde. Para ele, a adoção de novas tecnologias vai ajudar aos pacientes. “O sensor de glicemia vai trazer benefícios para o Estado lá na frente, que vai ter uma economia enorme. A diabetes causa cegueira, amputação, função pró-renal, entre outras. Se não tratado desde a infância, isso vai gerar problema lá na frente. Imagine uma criança internada na UTI, quanto custa isso hoje? O diabetes não tem cura ainda, mas tem controle”, lembrou.

A coordenadora de Promoção da Saúde na Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, Elaine Cristina Vieira de Oliveira, destacou que a audiência é importante para dar visibilidade ao tema. “Quando temos esse momento para trazer informação de qualidade e proporcionar conhecimento para a população, nós avançamos também no cuidado em saúde e na identificação precoce dos casos. Então a importância da audiência vem nesse sentido de levar informação”, comentou.

Presenças

Também participaram da audiência o médico Mauro Scharf Pinto, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, que sugeriu a criação de uma força-tarefa com o objetivo de se criar uma linha de cuidados baseados em evidências, planejamento de investimentos e melhorias para a prevenção; a coordenadora da Associação Paranaense do Diabético Juvenil, Carolina Lima, que falou sobre a jornada de mães de crianças e adolescentes com diabetes; e a professora universitária Pollyanna Rodrigues Gondin, que é diabética há 23 anos e falou sobre a importância do sensor de glicemia para manter uma vida saudável. O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção à Saúde Pública do Ministério Público do Paraná, Marco Antônio Teixeira, também esteve presente no evento.

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