21/08/2007 17h45 | por DIVULGAÇÃO / Luana Borsari / 41 3350-4188
Os deputados Edson Praczyk (PRB) e Luiz Malucelli (PSDB) convidaram para audiência esta manhã (21), entidades envolvidas na questão dos resíduos tecnológicos. Praczyk é autor do projeto de lei n° 142/07, que obriga os fabricantes de produtos que emitem resíduos sólidos, como baterias de celulares e peças de computadores a se responsabilizar pelo destino destes materiais. O foco principal da discussão está no que fazer com esses resíduos. De acordo com os fabricantes é necessário que toda a sociedade esteja envolvida neste processo. Segundo Adriana Martins Flores, representante do grupo Positivo de informática dar um destino adequado para o lixo tecnológico não depende apenas da ação dos fabricantes. “Deve haver uma parceria entre o governo e a inicitiva privada que possibilite um sistema econômico capaz de reutilizar o material que o consumidor descarta, ou seja, que possibilite a logística reversa”. Alguns pontos amplamente discutidos na audiência foram o alto custo das tecnologias de reciclagem para metais, a rápida obsolescência dos equipamentos eletro eletrônicos – EEE e a melhor maneira de recolher esses materiais. Uma vez que estão em posse dos usuários, os fabricantes alegam que nem sempre o recolhimento é eficaz. Para Luiz Eduardo Cheida (PMDB), presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente - CEMA a lógica do lucro é um fator determinante nas altas taxas de resíduos sólidos. “Em alguns casos gasta-se muito dinheiro para que um equipamento dure menos. Poderia se estudar possibilidades de fazer os EEE ganharem durabilidade, mas prevalece a lógica do mercado”. Concorda com o parlamentar a deputada Rosane Ferreira (PV), vice-presidente da CEMA. Durante sua apresentação ela forneceu dados sobre a durabilidade de produtos como aparelhos celulares, segundo ela 18 meses apenas. Comentou ainda a raridade de alguns elementos comumente aplicados na fabricação de computadores. “Nós pagamos um preço alto demais para que esses recursos não sejam reaproveitados”, disse. Cheida acrescentou que: "Além de conter poluentes como mercúrio e chumbo, os EEE têm elementos como ouro, prata e índio. Se são raros é porque tem pouco. Ora, se alguns são poluentes e outros são raros, todos devem retornar à cadeia produtiva. Por isso, entre outros motivos, o Projeto de Lei tem um enorme valor". Segundo Praczyk “os apontamentos feitos pelos participantes da audiência serão considerados, discutidos e posteriormente incorporados à lei vigente”. Estiveram presentes a coordenadora – para resíduos sólidos - da Secretaria Municipais de Meio Ambiente, representantes do Grupo Positivo, Nizam Pereira, presidente da CELEPAR, e representantes da Celepar, Márcio Lázzari, tecnólogo e eco designer e Sueli Elizabeth Westarb, diretora do instituto de Lixo e cidadania.