Assembleia se ilumina de verde para a Semana de Conscientização sobre a Esquizofrenia Cor é símbolo da luta pelo diagnóstico do transtorno psiquiátrico que aflige cerca de dois milhões de brasileiros.

23/05/2019 12h01 | por Trajano Budola
Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que aflige cerca de dois milhões de brasileiros.

Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que aflige cerca de dois milhões de brasileiros.Créditos: Arte: Lucas Lambertucci/Alep

Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que aflige cerca de dois milhões de brasileiros.

Assembleia na cor azul em referência à campanha Agosto Azul de cuidados com a saúde do homem.Créditos: Sandro Nascimento/Alep

Assembleia na cor azul em referência à campanha Agosto Azul de cuidados com a saúde do homem.

Fachada da Alep na cor rosa em referência à campanha Outubro RosaCréditos: Laura Ling/alep

Fachada da Alep na cor rosa em referência à campanha Outubro Rosa

A fachada da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) estará iluminada de verde por uma semana a partir de sexta-feira (24). A cor, que simboliza a esperança, faz, neste caso, alusão à Esquizofrenia, um transtorno psiquiátrico que aflige cerca de dois milhões de brasileiros que ainda sofrem os estigmas da falta de informação. O início da iluminação se dá no Dia Mundial da Esquizofrenia e segue por outros seis dias, obedecendo à Lei nº 19.824/2019, fruto de projeto de lei nº 314/2018 da deputada licenciada Maria Victoria (PP), instituindo no Paraná o Dia e a Semana de Conscientização sobre a Esquizofrenia.

Maria Victoria afirma que “a esquizofrenia não tem cura, mas um tratamento multidisciplinar adequado, envolvendo psicoterapia, terapia ocupacional, medicamentos, conscientização familiar e musicoterapia, entre outras técnicas, permite que o paciente tenha uma vida praticamente normal”.

A preocupação, de acordo com ela, é que o tema ainda é visto com muito preconceito, o que a estimulou a elaborar o projeto de lei. “O dia e o mês de conscientização foram criados para esclarecer a população por meio de encontros, estudos, palestras e conversas que promovam o debate nas famílias”, frisa Maria Victoria. O requerimento para que a fachada do prédio do Plenário seja iluminada é do deputado Elio Rusch (DEM), que apresentou a proposta a pedido de Maria Victoria, que está afastada das atividades do legislativo em razão da licença maternidade.

Transtorno – Um protocolo clínico publicado pelo Ministério da Saúde afirma que “a esquizofrenia e os denominados transtornos esquizofrênicos constituem um grupo de distúrbios mentais graves, caracterizados por distorções do pensamento e da percepção”, causando enfraquecimento “do afeto sem prejuízo da capacidade intelectual (embora ao longo do tempo possam aparecer prejuízos cognitivos) ”.

A esquizofrenia dá aos pacientes a sensação de isolamento, podendo causar depressão e, em alguns casos, pensamentos suicidas. O diagnóstico se dá pela detecção de ao menos um de uma série de síndromes, sinais ou sintomas, “excluídos diagnósticos de transtornos de humor, transtornos atribuíveis à doença cerebral orgânica, intoxicação, dependência ou abstinência relacionada a álcool ou outras drogas”.

“O paciente tem a sensação de que seus pensamentos, sentimentos e atos mais íntimos são sentidos ou partilhados por outros. Pode desenvolver delírios explicativos de que forças externas influenciam pensamentos e ações, de forma muitas vezes bizarra”, afirma o protocolo. Esquizofrênicos podem ter pensamentos vagos e obscuros, acreditando que situações cotidianas da vida tenham significado particular e sinistro, relacionadas unicamente com eles.

“Pode haver a sensação de interrupção do curso do pensamento e a sensação de que as ideias são retiradas por um agente exterior. O humor é caracteristicamente superficial ou incongruente, acompanhado, com frequência, de inércia e negativismo”, relata o protocolo publicado em 2013. O texto dá conta ainda de que 0,6% a 3% da população brasileira (de acordo com critérios diagnósticos utilizados) é afetada por transtornos esquizofrênicos.

Iluminação – A sinalização das datas de lembrança e conscientização sobre diagnóstico de doenças e transtornos é uma marca da Assembleia Legislativa. Uma delas é o Agosto Azul, iniciativa da deputada Cantora Mara Lima (PSC), que gerou a Lei estadual nº 17.099/2012. Dedicado à promoção da saúde integral do homem, a medida cobra do Poder Público, em parceria com a iniciativa privada e entidades civis, o desenvolvimento de campanhas e ações educativas e preventivas, para que os homens façam exames e procurem diagnósticos que melhorem a qualidade de suas vidas.

A Campanha Outubro Rosa (Lei nº 16.935/2011), também da deputada Cantora Mara Lima, ilumina a fachada da Assembleia durante um mês inteiro para promover iniciativas de conscientização e promoção de ações preventivas pela integridade da saúde da mulher, em parceria entre o poder público e a iniciativa privada, com ênfase no câncer de mama, doenças sexualmente transmissíveis e afecções ginecológicas, seus diagnósticos e os cuidados com o corpo e a mente.

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