A Comissão responsável por avaliar os candidatos a conselheiro do Tribunal de Contas, presidida pelo deputado Reni Pereira (PSB), realizou a oitiva com seis dos sete candidatos ao cargo, nesta terça-feira (8), na sala de reuniões da presidência da Assembléia Legislativa. A comissão também avaliou um pedido de impugnação da candidatura do atual secretário de Educação do Estado, Maurício Requião. Segundo Pereira, a apresentação dos postulantes foi apreciada com base em aspectos determinados pelo Art. 77 da Constituição Estadual. “Foram considerados requisitos como: conduta pública e moral ilibada; notório conhecimento jurídico; de contabilidade; administração; e demonstração de experiência superior ao período de dez anos em pelo menos uma dessas áreas”, explicou o presidente. Foi também de acordo com estes critérios que a comissão indeferiu o pedido de impugnação solicitado por Ricardo Bertotti, um dos advogados que concorre à vaga. Para o relator da comissão, deputado Luiz Carlos Romanelli (PMDB), a impugnação foi julgada improcendente porque a candidatura do secretário Maurício Requião respeita todos os critérios previstos pelo Art. 77 da Constituição Estadual. “Durante a tarde estarei com o relatório pronto para apresentar à Mesa Diretora, com análise dos aspectos intrínsecos, fruto da sabatina com os pretendentes e os extrínsecos que são preenchimento dos requisitos previstos na constituição”, afirmou o líder do governo. A eleição ocorre na quarta-feira (09), com voto nominal. Vence o processo de escolha o candidato que tiver maioria absoluta ou os votos de 28 dos 54 deputados estaduais. Se nenhum dos inscritos alcançar essa maioria na primeira votação, é feito um segundo turno entre os dois mais votados. Em caso de empate o vencedor será o candidato mais idoso. O eleito irá ocupar a vaga do conselheiro aposentado Henrique Naigeboren.O líder da oposição Valdir Rossoni (PSDB) opinou sobre a reunião: “Para mim nada convincente, apenas participei da comissão como observador, porque acho que a escolha de um conselheiro do Tribunal de Contas deve ser diferente, de uma forma legitimada por edital e colocada à discussão da população paranaense. Além disso, a oposição tem clara convicção de que um dos concorrentes, no caso Maurício Requião, será impedido de trabalhar pelo Art.140 do Regimento Interno do Tribunal de Contas”, explicou. Para Reni Pereira (PSB), com exceção de um candidato que não comprovou os anos de experiência necessários e tem até às 17h de hoje para fazer isso, os demais candidatos preencheram as condições exigidas. “Na verdade essa comissão tem a função de analisar se os pretendentes preenchem os requisitos formais estipulados na constituição, mas é o plenário que vai julgar efetivamente quem está capacitado”, afirmou o presidente. Também integram a comissão os deputados Péricles de Mello (PT), Plauto Miró (DEM). CONHEÇA OS CANDIDATOS Á VAGA. Jorge Antônio de Souza: “Nunca atuei políticamente, não faço parte de nenhum partido, mas tenho atuação como professor universitário há 18 anos e sou contador público há dez. Sempre atuei na área de finanças, requisito apreciado para o cargo de conselheiro”. Gabriel Guy Leger: “Pretendo atuar de forma parecida com a postura que tive junto ao Ministério Público. O que tenho a oferecer á sociedade paranaense é a minha total independência e a minha atuação estritamente técnica no tribunal de contas. Estou satisfeito com a participação de sete candidatos, a sociedade precisa disso. Precisa saber que essa é uma eleição que não é para deputados e políticos apenas”. Vorni Rogério Ferreira: “Sou publicitário, empresário e entendo de contabilidade, pois sou eu quem gerencio essa parte da minha empresa. Pelo fato de trabalhar com publicidade e em departamento de mídia, acabei adquirindo habilidade para lidar com número, capacidade exigida para o cargo. Ricardo Bertotti: “Fui funcionário público. Tenho muito respeito pela coisa pública e entendo que estou apto a exercer o cargo não só levando em conta o conhecimento técnico, mas a minha experiência de trabalho em favor do bem estar da sociedade”. Rogério Yurk Ribeiro: “Resolvi me candidatar porque entendo que cumpro os requisitos legais, sou cidadão brasileiro e paranaense. Sou advogado há três anos, exerço minha profissão nessa cidade e entrei na disputa principalmente para engrandecer os quadros da minha profissão, que são desempenhar com celeridade e moralidade os atos administrativos, aspectos inerentes ao cargo de conselheiro. Maurício Requião: Compareceu à Oitiva, mas preferiu não dar entrevista. Paulo Sérgio Pereira: Não compareceu à oitiva.