Assessoria de Imprensa da Alep

01/12/2009 15h19 | por Adriana Ribeiro – 41 3350-4188
A evasão escolar provocada pela discriminação a estudantes homossexuais foi o tema central de uma audiência pública realizada nesta terça-feira (1.º), na Assembleia Legislativa. O evento, que teve como título “Toda a discriminação deve ser reprovada”, foi coordenado pelo deputado Professor Lemos (PT) e contou com o apoio do Fórum Paranaense de Gênero e Diversidade Sexual, que reúne várias entidades de defesa dos direitos dos cidadãos.“Não podemos aceitar qualquer tipo de discriminação, seja ela racial, de gênero, de religião ou de opção sexual”, disse o Professor Lemos. O parlamentar lembrou que vários projetos tramitam hoje na Assembleia em defesa da igualdade. Um deles, apresentado pela deputada Rosane Ferreira (PV), institui o Dia de Combate à Homofobia. Outro, de autoria dos deputados petistas Professor Lemos, Tadeu Veneri e Péricles de Mello, dispõe sobre penalidades a serem aplicadas à prática de discriminação em razão da orientação sexual. Lemos também é autor de outro projeto que cria o Estatuto da Igualdade Étnico-Racial do Estado do Paraná.Leo Ribas, articuladora estadual da Liga Brasileira de Lésbicas, defendeu a inclusão de temas ligados à sexualidade nos currículos escolares. “Hoje o despreparo de professores e a discriminação de colegas fazem com que muitos estudantes abandonem a escola”, disse.Maria Rita de Assis César, professora do Núcleo de Gênero do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), defendeu ainda a implantação de políticas públicas que evitem que a escola se transforme em um lugar de discriminação. “Pesquisas realizadas na universidade demonstram a existência da discriminação a gays, lésbicas, travestis e transexuais dentro das escolas. Isso nos espanta e nos demonstra a necessidade de se estudar ainda mais a realidade escolar”, disse.Para Maria Rita, hoje as escolas excluem pessoas de uma forma sutil, deixando de ser um ambiente de inclusão. “Precisamos refletir sobre a constituição da escola que não está preparada para lidar e aceitar a diversidade”, disse. Segundo ela, um caminho seria formar professores mais preparados para viverem num mundo mais diverso e justo. Dayana Brunetto, coordenadora do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual da Secretaria de Estado da Educação, disse que um dos primeiros passos para a inclusão de gays, lésbicas e travestis nas escolas seria a implantação do nome social do indivíduo nos cadastros e chamadas escolares, ao invés do nome civil, como acontece hoje. Participaram ainda da audiência pública a deputada Rosane Ferreira, o professor Arnaldo Vicente, do Conselho Estadual de Educação; Marlei Fernandes, presidente da APP-Sindicarto; Igor Francisco, representante da Juventude da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais; vereadora Professora Josete; e Hermes Silva Leão, assessor do deputado federal Dr. Rosinha (PT)As entidades que integram o Fórum Paranaense de Gênero e Diversidade Sexual a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT); a Aliança Paranaense Pela Cidadania LGBT; a APP-Sindicato; a Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD), a Cebrapaz-PR; o Centro Paranaense de Cidadania (Cepac); a Coordenação do Curso de Gênero e Diversidade na Escola (GDE/UEPG) e o Dom da Terra.E, ainda, o Grupo de Gênero da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), o Grupo Dignidade; o Instituto de Pesquisa da Afrodescendência (IPAD Brasil); a Liga Brasileira de Lésbicas (LBL-PR); a Marcha Mundial das Mulheres; o Núcleo das Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência (Dedi-SEED); o Núcleo de Gênero da Universidade Federal do Paraná (UFPR); o Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual; e o Transgrupo Marcela Prado.

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