Assessoria de Imprensa da Alep

10/11/2009 16h09 | por Adriana Ribeiro 41 3350-4188
O Brasil é o país mais avançado, do ponto de vista tecnológico, na produção de etanol como combustível. Mas fatores como clima, topografia, logística e mão-de-obra podem também contribuir para que o país se torne o maior produtor de álcool do mundo, ultrapassando os Estados Unidos que ocupa hoje a liderança do setor. A opinião é do presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), Anísio Tormena, que nesta terça-feira (10) participou do seminário “O setor sucroenergético e a Assembleia Legislativa do Paraná: construindo uma agenda positiva”, que aconteceu no Plenarinho da Casa, durante todo o dia. “A Assembleia se sente honrada em abrir suas portas para um evento importante como este, promovido por um setor que gera 80 mil empregos em nosso Estado”, disse o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM). Para o parlamentar, a Assembleia tem o dever de participar junto com o setor privado da discussão de temas importantes, buscando sempre os melhores caminhos para o desenvolvimento do Estado. O seminário proposto pelo deputado Alexandre Curi (PMDB), 1.º secretário da Assembleia Legislativa, reuniu importantes nomes dos setores público e privado do Paraná. Entre eles o vice-governador Orlando Pessuti, que foi o moderador do painel “A importância do etanol na matriz energética brasileira e no desenvolvimento do Paraná”; o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini; o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Raska Rodrigues; o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko; e o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP-PR), Sidney Meneguetti. O evento faz parte de uma ação nacional da cadeia produtiva sucroenergético que vem realizando fóruns para mostrar a importância do setor para o país. “Somos um setor que gera só no Paraná 80 mil empregos diretos e outros 500 mil indiretos. Além disso, somos responsáveis pela geração de R$ 600 milhões por ano em tributos para o Estado”, disse Anísio Tormena. A primeira reunião aconteceu em Brasília, em outubro, e depois do Paraná, será realizada em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.O presidente da Alcopar estima que o Brasil deve produzir este ano 30 bilhões de litros de etanol, enquanto nos Estados Unidos esta produção deverá ser 15% maior. Mas, segundo ele, o Brasil tem condições de ganhar a liderança da produção mundial nos próximos anos. Um dos fatores que podem contribuir para este avanço seria o aumento da área plantada de cana-de-açúcar, matéria-prima usada no Brasil na produção do etanol. “O Brasil tem hoje 7 milhões de hectares de área plantada de cana, mas há ainda outros 63 milhões de hectares disponíveis para esta cultura”, disse. O Paraná é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar e de etanol do país. No Estado há hoje 600 mil hectares de áreas ocupadas pela cana-de-açúcar e outros 3 milhões disponíveis para o mesmo plantio. Ao todo, 132 municípios paranaenses possuem lavouras de cana. Para Tormena, a conquista de novos mercados é fundamental para o aumento da produção e isto pode acontecer em função do aumento do consumo de carros que usam o álcool como combustível em todo o mundo. “Hoje, 95% dos veículos que circulam no planeta usam combustível fóssil. Apenas o Brasil e Estados Unidos utilizam o etanol como combustível”, explica. Tormena acredita que o grande salto acontecerá quando países como a China e a índia, por exemplo, que possuem metade da população do planeta, passarem a consumir carros flex. Hoje, no Brasil os veículos que usam gasolina e álcool somam 36% da frota. PROGRAMAÇÃO – Além do painel “A importância do etanol na matriz energética brasileira e no desenvolvimento do Paraná”, que aconteceu pela manhã, o seminário trouxe ainda em sua programação mais dois painéis que foram debatidos à tarde. O primeiro deles teve como tema “Benefícios socioeconômicos do etanol”, que teve como moderador Adhemar Altieri, diretor de comunicação corporativa da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar de São Paulo (UNICA-SP). Durante este painel, Vinícius Trombin falou sobre o mapeamento e quantificação do setor sucroenergético no Brasil; e Luiz Gustavo Antônio de Souza, sobre as externalidades sociais dos diferentes combustíveis no Brasil. O segundo painel da tarde tratou do “Etanoil e o meio ambiente: mudanças climáticas e saúde pública”, que teve como moderador Nelson Costa, superintendente adjunto do sistema OCEPAR. Participaram ainda deste debate Isaías Macedo que falou sobre o etanol, mudanças do clima, as metas pós-Kyoto e as emissões automotivas do etanol e a saúde da população; e ainda Francisco Nigro, que tratou do etanol como combustível veicular, perspectivas tecnológicas e propostas de políticas públicas. Participaram ainda do seminário os deputados Alexandre Curi, Luiz Cheida (PMDB), presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da ALEP; Fernando Scanavacca (PDT), presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo; Luiz Nishimori (PSDB), presidente da Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais; Augustinho Zucchi (PDT), Dr. Batista (PMN), Rosane Ferreira (PV) e Stephanes Júnior (PMDB).

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