Dados da Polícia Rodoviária Federal apontam que, de 2015 para 2016, o número de mortos nas rodovias federais que cortam o Paraná, em consequência de acidentes, aumentou 11,8%.Nas estaduais, o aumento foi de 3,4% neste mesmo período. E foram registradas mais de 160 mortes. Neste ano, entre janeiro e abril, o número de acidentes registrados, somente dentro de Curitiba, foi de 1,4 mil, com 15 mortes e mais de mil feridos. Estes números motivaram os deputados Hussein Backri (PSD) e Alexandre Guimarães (PSD) a promoveram uma audiência pública na manhã desta quarta-feira (4), no Plenarinho da Assembleia Legislativa.
Ao longo do debate, representantes do Ministério Público, DETRAN/PR, Instituto de Criminalística Agência Reguladora de Serviços Delegados do Paraná (Agepar), Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR), da Polícia Rodoviária Federal, BPTran, entre outras instituições, apresentaram números e falaram do trabalho que têm desenvolvido na tentativa de reduzir os índices. E todos concordaram em um ponto: 90% dos acidentes se devem á imprudência, como relata o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Marcos Furtado.
(Sonora)
O deputado Alexandre Guimarães apresentou dados estatísticos da região que representa na assembleia, que é a Metropolitana de Curitiba, especialmente em Campo Largo, onde mora e por onde passa a BR 277, uma das rodovias onde estão os trechos mais perigosos. Para ele, nesse caso, o que falta é uma melhor sinalização da pista.
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Apesar de os problemas na pista e a falta de sinalização, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), representarem menos de 1,5% dos acidentes, em decorrência de casos de acidentes recentes no estado, em consequência de rodovias mal sinalizadas, a Agepar deu um prazo de até o dia 20 de novembro para que as concessionárias de pedágio que administram os 2500 km das rodovias paranaenses pedagiadas melhorem essa sinalização. Os representantes de todas as concessionárias participaram da audiência, entre eles, João Chiminazzo Neto, presidente da ABCR, que se comprometeu a utilizar melhor e com mais distanciamento os alertas de sinalização de obras na pista. Mas diz que elas não podem deixar de acontecer.
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O Ministério Público ficou responsável por fazer valer o cumprimento da Resolução da Agepar, o que deixou o deputado Hussein Backri satisfeito, porque acredita que a audiência só é válida quando aponta soluções.
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Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.