Audiência Pública Debate Cartel dos Fertilizantes No País

09/05/2008 17h56 | por Liderança do PT
Uma audiência pública debate, na manhã da próxima segunda-feira,12, em Curitiba, a privatização do setor de fertilizantes no Brasil. Promovida pelo Comitê em Defesa dos Pequenos Agricultores e Trabalhadores, a audiência será uma atividade conjunta da Comissão de Agricultura e Frente pela Terra da Câmara Federal, representadas respectivamente pelos deputados federais petistas Assis do Couto e Dr. Rosinha, comissões de Meio Ambiente e Direito do Consumidor da Assembléia Legislativa do Paraná, Bloco Parlamentar Agropecuário presidido pelo deputado Elton Welter (PT), Frente Parlamentar da Segurança Alimentar presidida pela deputada Luciana Rafagnin (PT), Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa, presidida deputado Pedro Ivo(PT), e Bancada do PT, liderada pelo deputado Professor Luizão. Também participarão da audiência o coordenador-geral do Sindiquímica (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Paraná), Paulo Roberto Fier, o secretário estadual Valter Bianchini (Agricultura), o dirigente nacional da Via Campesina Frei Sérgio Gorgën, o agrônomo Sebastião Pinheiro (UFRGS) e o gerente industrial do Complexo de Araucária da empresa Fosfértil/Ultrafértil, José Carlos Penna Wageck. A audiência vai debater o resultado da privatização do setor de fertilizantes no país, que culminou no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), com alta dos preços dos fertilizantes. Este ano, em junho, faz quinze anos da venda da Ultrafértil para a iniciativa privada, que passou a controlar todo o setor. As consequências deste oligopólio - de oito fábricas de fertilizantes existentes no Brasil, a Bunge controla seis -, que é responsável por altos custos de produção de lavouras como soja e cana-de-açúcar. Privatização- De acordo com Ministério da Agricultura, o oligopólio da Bunge teve início em 1992, quando a produção de matéria prima foi privatizada. Até então, a Petrobras detinha o monopólio da produção nacional, por meio da Fosfértil e da Ultrafértil. As duas empresas foram vendidas para a Fertifós. E a partir daí, a empresa norte-americana adquiriu o controle acionário da empresa comprando outras companhias menores. Hoje a Bunge possui a Fertifós(52,31%), Fósfértil, (58,62%) e as minoritárias Yara(13,76%) e Mosaic (23,98%). No Mundo, a Bunge faturou R$18 bilhões em 2006. Só o lucro da Fosfértil cresceu 93% em 2007. Em 2 de abril, o coordenador geral do Sindiquímica, Paulo Roberto Fier, fez um histórico das privatizações do setor, em 92, que começou com a venda da Fosfértil e Ultrafertil, que eram de propriedade da Petrobrás e foram adquiridas pela Fertifós. Em documento distribuído aos deputados, o Sindicato denunciou o desrespeito aos trabalhadores, que são vítimas cada vez mais freqüentas de acidentes de trabalho, motivados pela falta de manutenção dos equipamentos. Na unidade de Araucária, vários acidentes foram registrados ao longo dos anos, como explosões e vazamentos. O sindicalista também denunciou o aniquilamento dos pequenos agricultores que foram prejudicados pela suspensão da venda de fertilizantes na porta da fábrica. Obrigados a adquirirem o produto das grandes misturadoras, os pequenos produtores tiveram que pagar até 300% mais caro e tiveram suas atividades inviabilizadas, relatou o Sindicato. AUDIÊNCIA PÚBLICAData: 12 de Maio de 2008 Horário: 9 horasLocal: Plenário da Assembléia Legislativa do ParanáLiderança do PT/PR

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