Audiência Pública debate greve nas universidades federais

24/07/2012 15h47 | por Sandra C. Pacheco
Audiência pública sobre a greve nas universidades federais.

Audiência pública sobre a greve nas universidades federais.Créditos: Sandro Nascimento/Alep

Audiência pública sobre a greve nas universidades federais.
Por iniciativa do deputado Tadeu Veneri (PT) a Assembleia Legislativa sediou audiência pública na manhã desta terça-feira (24), no Plenarinho da Casa, para discutir a greve nas universidades federais, que já dura dois meses. Ao abrir o encontro, o deputado explicou que o objetivo é buscar soluções para o impasse e, ao mesmo tempo, dar publicidade a uma situação que é grave e que pode trazer sérias consequências para o país.

Ao fim da audiência foi aprovado um documento expondo as deficiências e reclamações das instituições de ensino e outros órgãos públicos federais no Paraná para ser encaminhado à bancada federal, à Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, associações de magistrados e outras entidades que possam, de alguma forma, somar esforços em favor do consenso. A tônica do evento foi a crítica à postura considerada intransigente do Governo Federal que não teria, até agora, apresentado qualquer contraproposta aos manifestantes.

Participaram dos debates, além de professores, estudantes e militantes, o presidente da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná, Luís Allan, o coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes da UFPR, Marcos Vinicius Ribeiro, o técnico Bernardo Piloto, integrante do comando local da greve dos técnicos administrativos da universidade, Cláudio Marques, representando o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, que também está em greve, e Daniela Massignan, representando a secretaria estadual da Família e Desenvolvimento Social.

Integração – O primeiro a falar foi o funcionário do INCRA, que relatou aos presentes a situação dos servidores daquele órgão, sem reajuste salarial desde 2008. Ele observou que as diversas categorias de servidores federais que decidiram pela paralisação têm reivindicações em comum, como a reposição salarial e a melhoria das condições de trabalho. Esse quadro tem facilitado a integração do movimento em todo o país.

Marcos Vinicius Ribeiro reforçou o apoio do DCE aos professores e defendeu “democracia e transparência” nas instituições públicas de ensino superior. Piloto foi além, comparando os pleitos atuais aos do século XIX: “Estamos fazendo greve pelo básico, que é a reposição salarial e a negociação coletiva”, afirmou. Apontando as deficiências do serviço público federal que, em casos extremos como o da Agencia Nacional da Aviação – ANAC – sequer têm representação no Paraná, embora o Estado disponha de dois aeroportos internacionais, acusou o governo federal de descumprir o piso salarial que impõe aos governos estaduais.

Allan destacou a importância e a delicadeza do momento, onde o movimento grevista alcança níveis incomuns no Brasil, e alertou para a possibilidade de perda do segundo semestre para os estudantes afetados pela paralisação: “Nos assusta a falta de uma contraproposta do Governo, enquanto nós não paramos de apresentar sugestões”. Ele não vê perspectiva de volta às aulas se as autoridades competentes insistirem em sua postura intransigente.

Para Veneri, a maioria da sociedade ainda não está inteirada da gravidade dos fatos, daí a importância de ampliar as discussões. O deputado advertiu que não há previsão de reajuste para os servidores públicos no orçamento para o ano que vem. Em sua opinião, isso permite antever novos embates se as soluções não forem materializadas o quanto antes.

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