Mas, o que significa para o setor esse titulo? Do ponto de vista econômico, representa ampliar o mercado para produtores de bovinos e suínos do estado. O Paraná é o maior produtor de suínos do Brasil. Mas por ainda não ser considerado livre da febre aftosa sem vacinação, os produtores não conseguem exportar para países como Estados Unidos e Japão, por exemplo. O mesmo ocorre com a bovinocultura, que, apesar da produção em menor escala, os criadores almejam ampliar as vendas no mercado internacional.
Para o presidente da Frente parlamentar de Defesa Agropecuária da Assembleia, o deputado Pedro Lupion, do Democratas, que também é produtor, é preciso uma longa análise do tema, porque, ao mesmo tempo que o certificado abre as exportações, fecha barreiras com outros estados, o que pode prejudicar o mercado interno.
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O único estado brasileiro considerado livre de febre aftosa sem vacinação é Santa Catarina. No Paraná, já faz mais de uma década que não surgem casos clínicos da doença e nas Américas, desde 2012.
Mesmo assim, o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, diz que o caminho é longo. Depende não apenas do fortalecimento da capacidade de produção de bezerros. Garrotes e bois gordos no estado, mas também de auditoria do Ministério da Agricultura para que a última vacinação ocorra agora no mês de maio e que a segunda dose, que seria em novembro, deixe de ser aplicada. E só um ano após esse tempo é que o estado é realmente considerado livre da doença sem vacinação.
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O secretário destaca que não é de hoje que o Paraná se prepara para a certificação, com a contratação de 167 novos agrônomos para reforçar as barreiras sanitárias, que são 33 e 18 novas sendo reconstruídas e também com a criação da Adapar. Além disso, o governo está fazendo um estudo para criar uma estratégia para que ate novembro esteja tudo pronto para o estado receber o certificado, que na opinião do secretário, está apto para o título.
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A Federação da Agricultura do Estado é uma das entidades que apoiam a Secretaria da Agricultura. Para o Presidente da Federação, Ágide Meneghetti, o momento é propício e o Paraná reúne todas as condições para competir internacionalmente e ganhar novos mercados.
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De Curitiba, Cláudia Ribeiro.