Audiência Pública trata do apadrinhamento afetivo e certifica parceiros da CRIAI Dados apresentados indicam que há hoje mais de cinco mil crianças disponíveis para adoção no Brasil.

22/05/2019 15h47 | por Sandra C. Pacheco
O presidente da Criai, deputado Cobra Repórter (PSD) e a vice-presidente, deputada Cantora Mara Lima (PSC) na audiência publica sobre adoção e apadrinhamento afetivo.

O presidente da Criai, deputado Cobra Repórter (PSD) e a vice-presidente, deputada Cantora Mara Lima (PSC) na audiência publica sobre adoção e apadrinhamento afetivo.Créditos: Kleyton Presidente/Alep

O presidente da Criai, deputado Cobra Repórter (PSD) e a vice-presidente, deputada Cantora Mara Lima (PSC) na audiência publica sobre adoção e apadrinhamento afetivo.

Por iniciativa da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente, do Idoso e da Pessoa com Deficiência (CRIAI), a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) sediou na manhã desta quarta-feira (22) audiência pública sobre adoção e apadrinhamento afetivo. O evento, presidido pelo deputado Cobra Repórter (PSD), aconteceu dentro da programação da Semana Estadual da Adoção. Na ocasião, foram entregues ceriticados de parceiros da CRIAI à representantes dos setores públicos, não governamental e privado que desenvolvem ações em favor da Infância e da Juventude.

O promotor da Infância e Juventude da comarca de Araucária, David Kerber de Aguiar, e a promotora da 2ª Promotoria de Crianças e Adolescentes de Curitiba, Mariana Seifert Bazzo, dividiram a tribuna para explicar como funciona o programa de Apadrinhamento Afetivo, as suas modalidades e a importância de seus efeitos sobre a vida de crianças e adolescentes que se encontram nas casas de acolhimento, em especial aqueles com mais de 10 anos de idade. Conforme dados citados por eles e oriundos do Conselho Nacional de Justiça, há hoje mais de cinco mil crianças disponíveis para adoção no Brasil e mais de 42 mil pessoas cadastradas para adotar, perfazendo uma proporção de 8,4 pretendentes a adotivos por criança.

Adoção tardia -A grande maioria, porém, se mostra disposta a adotar crianças mais novas, até cinco anos de idade. Quanto maior a idade da criança e do adolescente, menor o número de interessados em trazê-los para dentro da família. Daí a importância da conscientização da sociedade para o tema da chamada adoção tardia e para programas como esse, do apadrinhamento afetivo, voltado para crianças e adolescentes que vivem em situação de acolhimento ou em famílias acolhedoras, com o objetivo de promover vínculos afetivos seguros e duradouros entre eles e as pessoas da comunidade que se dispõem a ser padrinhos e madrinhas, oferecendo apoio afetivo, financeiro ou profissional.

Tanto o promotor David Kerber quanto a promotora Mariana Seifert Bazzo enalteceram a iniciativa da Assembleia Legislativa de abrir espaço para a discussão de tema tão relevante, contribuindo para dar visibilidade ao problema e às ações que podem efetivamente minora-lo. Segundo eles, o apadrinhamento, em qualquer de suas modalidades, pode ajudar a dar um futuro às crianças e adolescentes em situação de risco. Elencaram iniciativas de sucesso, como o Projeto Adote, do Tribunal de Justiça do Paraná, o Adote um Boa Noite, de São Paulo e o Projeto Encontro, também paranaense.

Visibilidade – O sucesso desses programas depende da visibilidade e da interação entre as crianças e adolescentes acolhidos e as pessoas dispostas a ajuda-los. É nesse momento que as afinidades e os vínculos afetivos podem vir à tona e produzir transformações importantes para todos os envolvidos e para a sociedade como um todo. Ao longo da audiência foram exibidos vários vídeos com relatos de pessoas que vivem ou viveram essa experiência, entre eles Rodolfo Monteiro de Souza, que, com a ajuda de um padrinho, formou-se em Direito e hoje dirige a Chácara Pinheiro, voltada ao atendimento de crianças carentes.

Entre os depoimentos destacaram-se os feitos pessoalmente pelo arquiteto Luiz Maganhoto e seu companheiro Daniel Casagrande, pais adotivos de um casal de crianças. Eles estavam entre os homenageados pela CRIAI, junto com representantes dos setores públicos, não governamental e privado que desenvolvem ações em favor da Infância e da Juventude. O Clube Atlético Paranaense foi um dos certificados pela comissão em razão de sua condição de “padrinho torcedor”.

Participaram do evento realizado pela Assembleia a deputada Cantora Mara Lima (PSC), vice-presidente da CRIAI, Letícia Comim, representando o governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), o defensor público geral do Paraná, Eduardo Abraão, o desembargador Rui Muggiati, representando o Tribunal de Justiça, a promotora Luciana Linero, representando o Ministério Público, o comandante geral da Policia Militar, coronel Péricles de Mattos, representando o secretário de Segurança Pública general Luiz Felipe Carbonell, além dos deputados Alexandre Amaro (PRB), Subtenente Everton (PSL), Delegado Jacovós (PR), Gilson de Souza (PSC) e Evandro Araújo (PSC).

 

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