Avanço da vacinação resulta em queda nos casos de Covid no Paraná, mas não significa o fim da guerra, diz secretário de saúde Afirmação de que 97,5% dos paranaenses com mais de 18 anos recebeu a primeira dose foi dada pelo secretário da Saúde, Beto Preto, à Assembleia Legislativa.

05/10/2021 13h19 | por Trajano Budola
Secretário Beto Preto presta contas aos deputados sobre os investimentos em saúde referente ao 2º quadrimestre de 2021.

Secretário Beto Preto presta contas aos deputados sobre os investimentos em saúde referente ao 2º quadrimestre de 2021.Créditos: Dálie Felberg/Alep

Secretário Beto Preto presta contas aos deputados sobre os investimentos em saúde referente ao 2º quadrimestre de 2021.

Secretário Beto Preto presta contas aos deputados sobre os investimentos em saúde referente ao 2º quadrimestre de 2021.Créditos: Dálie Felberg/Alep

Secretário Beto Preto presta contas aos deputados sobre os investimentos em saúde referente ao 2º quadrimestre de 2021.

O Paraná já imunizou 97,5% da população acima de 18 anos com a primeira dose contra a Covid-19, o que dá ao estado a quarta colocação no país no número de vacinados. A afirmação foi feita pelo secretário da Saúde, Beto Preto, na manhã desta terça-feira (5), durante prestação quadrimestral de contas da pasta à Assembleia Legislativa do Paraná. “Nossa vacinação deu certo dentro do cronograma. Começamos as doses de reforço para idosos acima de 60 e 70 anos, os profissionais de saúde também receberão e avançamos sobre a vacinação de adolescentes, uma demanda importante”, afirmou o secretário.

Apesar da diminuição do número de óbitos, registrado principalmente após o mês de julho à medida que avançava a vacinação, o secretário insistiu que o Paraná enfrenta um momento crítico frente à pandemia. “Temos vencido muitas batalhas, porém os casos continuam, o vírus continua circulante e a variante Delta é a prevalente no estado, apresentando diversas sublinhagens”, explicou. De acordo com ele, estas variações do vírus poderão vencer o escudo imunológico da vacinação. “Aí teremos que trabalhar com vacinas renovadas e atualizadas de acordo com as cepas que aparecerem”, frisou.

Outro ponto da apresentação à Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Dr. Batista (DEM), foi a retomada das cirurgias eletivas no estado, com número represado pelo enfrentamento à pandemia. “Temos feito esforços com caixa do Governo do Estado de R$ 50 milhões e mais R$ 19 milhões, ainda para 2021, do Ministério da Saúde”, afirmou Beto Preto. De acordo com ele, o “gargalo” na realização das cirurgias aumentou com a pandemia, mas a SESA está organizando mutirões nas regionais com os municípios para atender preferencialmente cirurgias próximas de onde os pacientes residam.

“Temos cirurgias de amidalectomia em crianças, cirurgias de cataratas em pessoas de mais de 60 anos, diversos procedimentos a serem feitos. Estamos trabalhando no levantamento de demandas e nos próximos dias vamos cadastrar, por chamamento público, os hospitais parceiros do Estado neste momento”, disse. Ao mesmo tempo, o secretário falou da retomada das ações nas unidades básicas de saúde, compra de serviços de reabilitação aos sequelados pela Covid e às patologias relacionadas à saúde mental, ocasionadas indiretamente pelo vírus.

“Na medicina há um ditado: nem sempre, nem nunca. A pandemia não foi vencida, a batalha continua. Parabenizo a todos os profissionais de saúde do estado e toda a equipe da Secretaria e Saúde pelo esforço tremendo que faz”, afirmou o deputado Dr. Batista ao fim da audiência pública de prestação de contas, que contou com a apresentação técnica do diretor-geral da SESA, Nestor Werner Junior. Os deputados Márcio Pacheco (PDT), Arilson Chiorato (PT) e Ricardo Arruda (PSL) também participaram da reunião feita de modo híbrido.

“Foi um momento muito difícil que estamos superando com o apoio desta Casa, que nos enviou recursos para o combate à pandemia. Desde o início defendemos o Programa Nacional de Imunizações, porque quem tem a competência de comprar vacinas é o Ministério da Saúde”, afirmou Beto Preto, ressaltando o apoio do Poder Legislativo. “Estamos atravessando um momento de calma, com a diminuição de casos, mas as batalhas, mesmo vencidas, não significam o fim da guerra. Foram bilhões gastos e isso continua neste ano e no ano que vem”, frisou.

Relatório – A apresentação dos dados quadrimestrais da Secretaria de Estado da Saúde é obrigatoriedade prevista na Constituição Estadual. Durante a exposição dos dados, o diretor-geral da pasta, Nestor Werner Junior, pontuou que durante maio e junho houve grande número de casos e mortes pela Covid, com queda registrada a partir de julho, coincidindo com a adesão em massa da população à vacinação. Por outro lado, a população receosa com a pandemia ficou reticente a procurar os serviços de saúde, o que causa um represamento no número de atendimentos a ocorrências corriqueiras.

“Ações como a lançada pelo Poder Legislativo, do Outubro Rosa, ajudam muito na queda dos números de mortes e atendimentos a mulheres e óbitos maternos”, falou o diretor. “A população enfrentou de maneiras diferentes o vírus. Estabelecer públicos prioritários foi determinante para o baixo percentual”. “Como houve redução na movimentação das pessoas por força dos decretos, de lei e o estabelecimento da lei seca e de horários de circulação, caiu muito a taxa de acidentes, chegando à metade o número de atendimentos pelo SAMU”, explicou.

De acordo com Nestor Werner, nos últimos quatro meses a SESA realizou mais de 17 mil agendamentos para testes de detecção de Covid. Ainda segundo ele, houve aceleração do número de casos em maio e junho, com queda robusta a partir de julho, quando houve aplicação das segundas doses. No período acumulado foi registrada baixa nas internações em leitos Covid, apesar do número alto. “15.810 milhões de doses recebidas, sendo 13.010 milhões com a primeira dose. Foram 97,5% da população acima de 18 anos vacinada. Com a segunda dose, são mais de 62% vacinados”, afirmou.

“Não atravessando o calendário vacinal, somos o quarto estado do país em número de vacinados”. O diretor destacou ainda a parceria com os municípios na execução do plano estadual. “Isso demonstra que nossa expectativa de vacinação, com base na campanha que fizemos, andou”. “Estes números possibilitam o controle da pandemia. A vacina nos dá um senso de proteção coletiva muito mais forte. Medidas como a normalização dos leitos e o relaxamento de medidas restritivas são possíveis com a queda no número de novos casos, consequência da alta cobertura vacinal”, explicou o diretor-geral da SESA.

 

 

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