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Cascatinha, tradicional restaurante de Curitiba é homenageado na ALEP

Instalado no bairro de Santa Felicidade, conhecido pela boa comida italiana, o estabelecimento iniciou as atividades em 1949 como parada de caminhoneiros.

O ano era 1949. Surgia ali no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, um ponto para que caminhoneiros, que cruzavam a cidade, realizassem uma parada para uma refeição rápida. Eram servidos sonhos, pasteis, sorvetes, risotos e frango a passarinho. As aves eram criadas ali mesmo, no terreno do “bar”. De início, era uma espécie de bar e sorveteria e a avenida Manoel Ribas, ainda era chamada de estrada do Cerne, servindo de ligação do Norte do Paraná ao Porto de Paranaguá.

Por estar localizado em um bosque com um riacho e cascata, se tornou ponto de recreação para muitas famílias aos finais de semana. Essas pessoas passaram a pedir que o local servisse refeições tipicamente italiana, descendência da maioria dos moradores do bairro. Com a construção da rodovia BR-277 (Rodovia do Café) o movimento de caminhoneiros diminuiu, mas a nova pavimentação da Estrada do Cerne deu lugar à avenida Manoel Ribas, o que fez com que muitos moradores da cidade e turistas começassem a frequentar o bairro.

Assim, surgiu o restaurante Cascatinha que neste ano de 2019 completa 70 anos. O aniversário foi celebrado em uma sessão solene aqui na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) proposta pelo deputado Anibelli Neto (MDB) na noite desta quarta-feira (20) que destacou a importância do tradicional restaurante para a cidade. “Sou um assíduo frequentador do Cascatinha. Conheço a família, os garçons, as cozinheiras, toda a família envolvida com o Cascatinha e entendi que poderíamos fazer uma justa homenagem a eles. É um restaurante de uma família que começou lá atrás, devagarinho, e criou uma tradição. Existem garçons e cozinheiras que estão lá há mais de trinta anos”, disse. “É uma homenagem legítima para todas as pessoas, para a tradição do bairro de Santa Felicidade, de Curitiba. Espero que todos possam se sentir homenageados”, completou Anibelli Neto.

Família – Altevir Trevisan, 66, filho dos fundadores do estabelecimento, está há mais de trinta anos à frente da administração do restaurante. Assim como a terceira geração de administradores que também participa das atividades, o restaurante atende famílias há várias gerações.  Lembrou um pouco da história e falou da emoção em receber a homenagem na Assembleia Legislativa, o que para ele é o reconhecimento do trabalho iniciado pelos pais há 70 anos e pelos funcionários.

“Esse pioneirismo não saiu do nada. Viemos de uma família simples, plantadores de tomate e melancia, até que meu pai decidiu montar um bar, sorveteria e restaurante. Aos poucos foi aumentando até construir a estrutura atual”, lembrou. “Ficamos felizes com essa homenagem e a minha previsão é para que, daqui a trinta anos, o meu filho esteja aqui para receber a homenagem pelo centenário do Cascatinha, nem que seja pela outra geração do deputado Anibelli Neto”.

Atualmente o Restaurante Cascatinha conta com 650 lugares e 24 funcionários aos finais de semana, mas com a administração familiar, a maior parte do serviço fica com os próprios membros da Família Trevisan, como relatou Rodrigo Trevisan, filho de Altevir. “Ficamos lisonjeados pelo reconhecimento. Poucas empresas perduram por tanto tempo. Temos muito desafio pela frente, a gente sabe que nossa clientela é muito fiel e todos os funcionários e clientes do restaurante merecem saber que são importantes nesse momento”, relatou. “A gente trabalha com uma empresa enxuta e tem que fazer tudo. Se você for lá vai ver meu pai cortando grama, eu limpando os vidros. A gente faz de tudo um pouco para manter o negócio e também, com uma empresa enxuta, administrar com a estrutura que a gente tem”, completou Rodrigo.

Equipe – A cozinheira Gertrud Engelhard, 69, está no Cascatinha desde 1972, é a cozinheira mais antiga do estabelecimento, e trabalhou na “casa velha de madeira”. Ela foi uma das homenageadas e, emocionada, falou desse momento que, segundo Gertrud, não esperava receber tamanho reconhecimento. “Chegar até esse momento e algo que não imaginava. São 47 anos de trabalho, que foi uma maravilha, bons patrões, é uma vida né?”

O garçom Dionízio Andrade, 60, começou a trabalhar há 32 anos no Cascatinha como “extra”. Passados alguns meses gostou da função e se efetivou. Para ele, que já está aposentado, mas não consegue largar o trabalho, receber a homenagem era algo que não esperava. “Nunca imaginei que fosse acontecer essa homenagem. É uma satisfação muito boa estar aqui e ter trabalhado esse tempo num mesmo ambiente”.

Foram homenageados, além do proprietário, os funcionários do restaurante. Na solenidade estavam presentes Gertrud Engelhard, a cozinheira mais antiga que trabalha no Cascatinha desde 1972; Rodrigo Trevisan, gerente e membro da família proprietária do restaurante; Jorge Piani, cozinheiro; Daniel Manesky, serviços gerais; além dos garçons Dionízio Andrade, Dirceu Boscardin e Gilmar Bandeira. Os demais funcionários homenageados, receberão posteriormente o certificado de Menção Honrosa, pois estavam trabalhando, afinal de contas um dos mais tradicionais restaurantes da cidade não pode parar. São eles: Garçons - Cláudio Paulin, João Cavali, Renato Costa e Sérgio Ferro; Cozinheiras – Crisiele Navarete, Dircea Carmo, Nadir Soares e Nilda Fermino.

 

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