Nesta sexta-feira (7), a partir das 14 horas, no Salão Paroquial da Igreja São Sebastião, em Ortigueira, será realizada a primeira audiência pública da Comissão Especial de Investigação (CEI) da Usina Hidrelétrica de Mauá, instalada na Assembleia Legislativa para analisar o cumprimento dos fatores condicionantes definidos na licença ambiental para aquele empreendimento no Rio Tibagi, entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, na região dos Campos Gerais.
Segundo o deputado Rasca Rodrigues (PV), presidente da CEI, foram convidados para o encontro com a comunidade atingida pela obra representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, do Instituto Ambiental do Paraná, do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Paraná, das prefeituras e câmaras municipais, dos movimentos sociais e do próprio consórcio construtor da Usina. “A ideia”, segundo Rasca, “é democratizar as discussões sobre os impactos econômicos, sociais e ambientais gerados pela obra”.
A CEI da Usina de Mauá foi instalada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), no último dia 1º de agosto, e terá prazo de 90 dias – prorrogáveis por sua metade – para esclarecer dúvidas sobre a obra e suas implicações, e para a apresentação de um relatório final acerca de tudo que for apurado nas investigações. Integram a CEI os deputados Augustinho Zucchi (PDT), Elio Rusch (DEM), Nelson Garcia (PSDB), Nereu Moura (PMDB) e Péricles de Mello (PT).
O empreendimento– A Usina Mauá terá 745 metros de comprimento na crista e 85 metros de altura máxima. O trabalho de construção da estrutura teve início em agosto de 2009. Quando estiver pronta, a barragem servirá como ponte para a transposição do Rio Tibagi, com uma pista de mão dupla e passagem para pedestres ligando Telêmaco Borba e Ortigueira. A Usina terá potência instalada de 361 megawatts (suficiente para suprir o consumo de uma cidade com um milhão de habitantes) e deve começar a operar no segundo semestre de 2011. O empreendimento está a cargo do Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, uma parceria entre a Copel (com participação de 51%) e a Eletrosul (titular dos 49% restantes). Os investimentos totalizarão aproximadamente R$ 1,2 bilhão.