A construção e aplicação de políticas públicas efetivas para o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes durante a Copa do Mundo de 2014 motivou reunião no Plenarinho da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (15). Uma carta compromisso também foi proposta para que as esferas de governo façam de fato o devido enfrentamento da questão. O documento foi elaborado pelo Fórum Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná.
“Discutir a temática de enfrentamento é importante. Como produto desta audiência elaboramos uma carta compromisso para implantação de políticas públicas. É preciso que se dê visibilidade ao assunto e que existam ações de forma articulada pelo poder público, principalmente fazendo valer a legislação. Esta iniciativa de audiência é fundamental para pensarmos nestas questões”, disse a representante do Fórum, Geliane Quemelo.
A reunião foi proposta pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa. Segundo o presidente da comissão, deputado Tadeu Veneri (PT), o objetivo é que o tema seja levando em conta não apenas durante a Copa do Mundo, mas permanentemente, para um combate efetivo da exploração sexual. “Que a gente possa dar suporte àqueles que vivem em situação de vulnerabilidade. Que a rede de proteção às crianças e adolescentes de fato aconteça. Antes mesmo da Copa temos que fazer campanhas educativas e promover esta integração para o combate aos abusos com nossos meninos e meninas”, afirmou.
Representantes do Ministério Público do Paraná, secretários municipais e estaduais, a presidente da Fundação de Ação Social de Curitiba, (FAS), membros da Polícia Civil, bem como de entidades de ligadas ao amparo de crianças e adolescentes e de combate à exploração sexual também estiveram presentes no encontro. Segundo dados apresentados pela deputada Luciana Rafagnin (PT), líder da bancada do PT no Legislativo estadual, baseados no disque-denúncias, 18% dos casos nacionais de exploração e abuso acontecem na Região Sul, pelo que é imperativo e urgente que se coloque a discussão em pauta. “Quando a gente fala de violência não é apenas na Copa. Portanto, este foi o objetivo, de traçarmos ações integradas para coibir e inibir a violência contra as crianças, porque elas se tornam iscas. Durante a Copa teremos a circulação de quatro milhões pessoas. E temos que pensar na proteção das crianças”, destacou a parlamentar.
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