Comissão recebe delegada para esclarecer dúvidas sobre perícia no celular de policial penal do caso Marcelo Arruda Camila Ceconello respondeu a questionamentos dos deputados sobre o andamento dos trabalhos.

19/07/2022 14h00 | por Claudia Ribeiro
Deputados que integram a Comissão criada para acompanhar as investigações sobre a morte do guarda-municipal e militante do PT, Marcelo Arruda, conversaram com a delegada Camila Cecconello, titular da DHPP.

Deputados que integram a Comissão criada para acompanhar as investigações sobre a morte do guarda-municipal e militante do PT, Marcelo Arruda, conversaram com a delegada Camila Cecconello, titular da DHPP.Créditos: Dálie Felberg/Alep

Deputados que integram a Comissão criada para acompanhar as investigações sobre a morte do guarda-municipal e militante do PT, Marcelo Arruda, conversaram com a delegada Camila Cecconello, titular da DHPP.

A delegada Camila Cecconello, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi recebida, nesta terça-feira (19), pelos deputados que compõem a Comissão Parlamentar formada na Assembleia Legislativa do Paraná para acompanhar as investigações sobre a morte do guarda municipal e militante do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no sábado, 9 de julho. Os deputados queriam esclarecer algumas dúvidas a respeito da perícia no celular do atirador, o policial penal Jorge Guaranho e dos motivos do anúncio equivocado feito pela polícia da suposta morte de Guaranhos, que levou 12 horas para ser desmentido. “Com relação à perícia no celular, como os envolvidos foram levados com vida do local do crime, os celulares foram entregues aos familiares. Por isso, só pedimos o aparelho de Guaranho quando ouvimos o depoimento da esposa dele, que só nos entregou depois de uma ordem judicial. Já com relação à notícia da morte, me informaram que a delegada Iane Cardoso, responsável pela investigação num primeiro momento, recebeu a informação do próprio atendente do hospital”, afirmou.

Dois dos parlamentares que integram o grupo, Tadeu Veneri (PT) e Delegado Jacovós (PL) foram a Foz do Iguaçu na última semana e se reuniram com a delegada Iane Cardoso, titular da Delegacia de Homicídios na região; com o juiz da 3ª Vara Criminal, Gustavo Germano Arguello; e com os promotores Tiago Lisboa Mendonça e Luis Marcelo Mafra, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Na reunião desta terça, participaram apenas Veneri e o deputado Arilson Chioratto (PT), outro integrante da Comissão.

Em Foz, eles também se encontraram com a viúva de Marcelo Arruda, Pamela Silva; visitaram o local do crime, o Clube Social Aresf (Associação Recreativa e Esportiva da Segurança Física); o Hospital Municipal Padre Germano Lauck; e participaram de uma reunião com dirigentes do Centro de Direitos Humanos e Memória.

A investigação policial foi concluída na semana passada, mas os parlamentares querem que qualquer informação contida no celular de Guaranho que posa ter relação com o crime, seja incluída no processo. “Podemos garantir que estamos trabalhando para que, mesmo que conversas que possam comprovar mais algum fato relevante sobre a motivação do crime, e que, porventura tenham sido apagadas, sejam recuperadas”, garantiu a delegada. 

Na conclusão, a polícia apontou que o crime se caracteriza como homicídio duplamente qualificado por motivo torpe. Os deputados petistas, no entanto, acreditam em motivação política. “Não existe um crime agravado por motivação política, mas um crime por motivo torpe ou fútil, que a motivação política entra como um motivo torpe no nosso entendimento. Mas há uma subjetividade. Se você me perguntar se o homicídio aconteceu em decorrência de uma discussão política, isso, com certeza. Se não fosse a discussão, ninguém teria morrido. Mas não me sinto segura para afirmar que a motivação seja pela discussão por ideologias políticas. Não nego, justamente em função dessa subjetividade”, destacou Ceconello.

A Comissão pretende sugerir que a Assembleia apresente formalmente ao Governo do Estado uma proposta da criação de uma força-tarefa para receber e investigar denúncias envolvendo casos de violência política no Paraná até as eleições e também que o Estado garanta a proteção para familiares e testemunhas do caso Marcelo Arruda. O policial penal federal, Jorge José da Rocha Guaranho também foi atingido por tiros e segue internado na UTI.

 

 

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