05/06/2007 17h51 | por
O líder da Oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni (PSDB) vai pedir amanhã (12) mais informações sobre a locação de veículos pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). Segundo o deputado, o presidente da companhia Rafael Greca, pode ter se equivocado, na semana passada, ao responder à bancada de Oposição da Assembléia a respeito da contratação de 52 carros, em caráter emergencial, da empresa Cotrans.A tomada de preços teria sido feita, a partir do envio de carta-convite a cinco empresas de locação e o “extrato de termo contratual” publicado na página 3 da edição número 7.465 de 7 de maio de 2007 do Diário Oficial do Paraná. De acordo com as leis 8666/93 (Federal) e 15340/06 (Estadual) a publicação deve ocorrer até o quinto dia útil do mês subseqüente à data da assinatura do contrato.As informações, contudo, não batem. Na semana passada, assessores da bancada de Oposição comprovaram não existir nenhuma referência ao “extrato” a que se referiu Greca em sua resposta encaminhada ao líder da Oposição, Valdir Rossoni (PSDB). Nesta terça-feira (5), em novo contato com a Chefia de Gabinete de Greca, bem como com o setor de Comunicação, os números da edição, a página e a data mencionada do Diário foram ratificadas. Procurou-se então informações sobre uma possível edição extra do D.O., ou alterações na edição eletrônica do jornal. A conclusão é a de que não houve edição suplementar do D.O. nem modificações em sua versão na internet.O caso da contratação de carros em caráter emergencial pela Cohapar foi noticiado na semana passada por um site de notícias. A Cohapar dispõe hoje de 65 veículos próprios, mas manteria alugados outros 52 – o que totalizaria 117 – em função da necessidade de deslocamentos constantes de seus funcionários no acompanhamento de 12.815 casas que estariam sendo construídas em 13 regionais do estado.Greca alega que o caráter emergencial do aluguel de carros da Cotrans teria sido definido em função do fim do contrato com o antigo fornecedor – a Stand By /Guia Veículos. Como a empresa não teria se interessado em prorrogar o prazo por mais um ano, conforme a lei permitiria, o presidente da Cohapar decidiu-se por uma contratação emergencial.As alegações de Greca, no entanto, não convenceram o líder da Oposição na Assembléia, Valdir Rossoni (PSDB). Segundo ele, apesar da agilidade demonstrada por Greca em responder aos questionamentos, o fato é que o principal documento que comprovaria a negociação “não está onde deveria estar”. “Não façamos aqui nenhum julgamento prévio, como é do feitio do atual governo do estado. Queremos a prova de que o que ocorreu foi legal. Só depois nos pronunciaremos. Mas que é muito misterioso, não resta dúvida”, afirmou.