Cpi das Falências Ouve Administrador Judicial da Dudony Em Maringá

23/03/2011 18h49 | por Thaís Faccio
Os deputados membros da CPI das Falências da Assembleia Legislativa se reuniram nesta terça-feira (22), na Câmara de Vereadores de Maringá, para falar sobre o processo de recuperação fiscal das Lojas Dudony. A empresa contava com 111 lojas no Brasil e deixou um rombo fiscal de aproximadamente R$ 250 milhões aos cofres públicos do Paraná e dívidas que superam R$ 200 milhões. Paulo Hiroshi, administrador judicial da empresa, prestou depoimento à comissão e falou sobre o andamento judicial da ação de recuperação das empresas do grupo – Dismar e MarcoEletro.
Segundo o administrador judicial, o processo está cumprindo os prazos legais e encontra-se em fase de consolidação do quadro geral dos credores. Hiroschi contou que os credores da rede varejista aprovaram há menos de dois anos a venda dos ativos para o Baú da Felicidade, do Grupo Silvio Santos, por R$ 33 milhões. Mas o que os membros da CPI questionam é o valor que a Dudony deve em impostos, algo em torno de R$ 240 milhões. De acordo com Hiroshi, o fisco está entre os que podem receber, mas ainda não há uma data de pagamento. Primeiro serão pagas as dívidas trabalhistas e a dos credores. “O objetivo da comissão é produzir um relatório e entregar aos órgãos competentes para investigar e punir os responsáveis, caso sejam encontradas irregularidades”, disse o presidente da comissão, deputado Fábio Camargo (PTB).
Camargo acredita que há indícios de irregularidades, mas que agora com a instalação da CPI, “vamos poder colher melhor as informações e, caso haja alguma irregularidade, as providências devem ser tomadas pelo Judiciário, Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”.
Mais cauteloso, o relator da comissão deputado Nelson Luersen (PSDB) disse que a intenção da CPI “não é pré-julgar nem crucificar ninguém, mas ouvir as partes interessadas, como funcionários, credores, fornecedores e demais empresas que estejam em processo de recuperação judicial”.
Integrantes – A CPI é integrada pelos deputados Nelson Luersen (PDT), Ademir Bier (PMDB), Nereu Moura (PMDB), Nelson Garcia (PSDB), Mauro Moraes (PSDB), Pedro Lupion (DEM), Gilberto Ribeiro (bloco PSB, PSC, PRB), Péricles de Mello (PT) e Douglas Fabrício (bloco PPS/PMN). Os trabalhos da CPI são acompanhados pelo especialista em falências Jorge Augusto Derviche. A próxima cidade a receber os membros da CPI será Cascavel. A comissão deverá passar ainda por Foz do Iguaçu, Londrina e Ponta Grossa. O resultado da investigação será repassado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). Os trabalhos da CPI, que realizou sua primeira reunião dia 28 de fevereiro, devem durar 120 dias, podendo ser estendida por mais 90 dias. Ainda assim, o tempo pode ser estendido, com autorização judicial.

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