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CPI das Obras da Copa do Mundo de 2014 traça roteiro dos trabalhos

Deputado Fábio Camargo (PTB) assume a presidência da CPI das Obras da Copa do Mundo de 2014.
Deputado Fábio Camargo (PTB) assume a presidência da CPI das Obras da Copa do Mundo de 2014. Créditos: Nani Gois/Alep
Integrantes da CPI das Obras da Copa do Mundo, instalada nesta terça-feira (6) na Assembleia Legislativa, definiram o nome do presidente e do relator da comissão. O presidente será o deputado Fabio Camargo (PTB), enquanto a relatoria ficou a cargo do deputado Jonas Guimarães (PMDB). A CPI tem como objetivo fiscalizar e acompanhar os investimentos públicos destinados às obras da Copa do Mundo de 2014 no Paraná.

“Segundo informações, todas as obras estão paralisadas. A contrapartida do Governo cada vez aumenta mais. Existem obras que nem sairão do papel por falta de gestão do poder público, pelo que foi revelado em reportagens. Quanto maior a demora, mais dinheiro será gasto. Verbas que poderiam ser aplicadas em outras áreas de urgência acabam indo para o evento. O gasto estimado era de R$ 500 milhões. Agora pode chegar a quase R$ 1bilhão”.
Camargo já solicitou ao Tribunal de Contas do Estado relatório elaborado pela Comissão da Copa de 2014 do órgão. “Em cima dos dados apresentados vamos traçar o roteiro da CPI que terá um extenso prazo para investigar: 120 dias, mais 60 prorrogáveis”, destaca.

O deputado deve solicitar na primeira audiência da Comissão o convite para os secretários municipal, estadual e nacional responsáveis pela Copa realizarem uma exposição do que foi feito até o momento. Outra medida será rastrear os contratos firmados entre a administração pública e as empresa privadas que participam das obras. “Precisamos de total transparência. Saber o caminho das verbas e onde foram investidas até o momento”.

Um dos pontos que chamou mais atenção de Camargo foi a possibilidade de exclusão por parte do Ministério das Cidades da obra do Corredor Metropolitano, pela demora na elaboração e execução do projeto. Segundo o deputado, “a obra deixaria um legado de mobilidade urbana. Interligaria Curitiba com a Região Metropolitana. Desafogaria o trânsito. Tudo indica que este benefício de grande valia será perdido. Queremos saber o motivo. Pelo visto, em tese, uma falta de gestão por parte da administração pública”. Outra preocupação de Camargo é em relação ao dinheiro despendido pelo governo estadual e municipal devido a todo este atraso.

“O governo estadual e o municipal assinaram junto ao governo federal um documento que lista todas as medidas necessárias de preparação para a Copa, chamado de Matriz de Responsabilidade. O governo federal destina certa quantia determinada. Se passar do valor, o Município e o Estado terão que arcar. Se isto acontecer, possivelmente ocorrerá um endividamento”, frisa. De acordo com dados divulgados pela imprensa, a estimativa de gastos era de R$ 581 milhões. As obras do governo estadual já saltaram de R$ 229,5 milhões para R$ 659,2 milhões.

Outro nome em pauta na CPI, conforme Fábio Camargo, é o do presidente do Atlético Paranaense, Mario Celso Petraglia, e o do advogado Cid Campêlo. Campêlo denunciou recentemente que empresas pertencentes a familiares do dirigente do clube teriam vencido licitações mesmo apresentando preço mais elevado do que as outras concorrentes, em obras da Arena da Baixada. Na semana passada o Tribunal de Contas do Paraná confirmou que existe investimento público na construção do estádio.

“Queremos colaborar para que a Copa do Mundo seja a melhor já realizada até hoje. O dinheiro público investido terá que trazer retorno em obras que deixem um legado para a população. E não ir para o ralo por simples falta de gestão”. O deputado petebista analisa a CPI como um ato do legislativo que dará maior transparência de como o dinheiro será aplicado. “Também é propositiva. Vamos poder colaborar para que as obras que estão paralisadas possam retomar o seu caminho natural e estarem prontas até o início da competição em 2014”, finaliza.

 

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