Deputada Cida Borghetti (pp)

24/10/2008 15h55 | por André Marassi / 41 3350-4071 - 9686-7135
Iniciativas municipais de prevenção ao câncer de mama nortearam os debates do 2º Encontro das Primeiras-Damas do ParanáDurante o 2º Encontro das Primeiras Damas do Paraná, realizado esta semana (23/10) na Assembléia Legislativa, a deputada Cida Borghetti (PP) defendeu a criação de leis municipais em todas as cidades do Estado tornando obrigatória a realização de campanhas de prevenção ao câncer de mama. Essa proposta, que já havia sido feita no primeiro encontro, teve adesão de representantes de vários municípios. A cidade de Maringá já conta com lei específica. A prefeita eleita de Guaratuba, Evani Justus (PSDB), se comprometeu a levar a proposta adiante. A vereadora de Curitiba, Julieta Reis (DEM), disse que vai apresentar um projeto na Câmara Municipal semelhante ao que já existe no âmbito estadual.A lei estadual nº 14.854, proposta por Cida Borghetti em 2005, determina que no dia 27 de novembro, "o poder público, em cooperação com a iniciativa privada e com entidades civis, realizarão campanhas de prevenção, exames e outras ações visando a redução dos índices de mortalidade em razão do câncer de mama".TOLERÂNCIA ZEROOutra proposta debatida no Encontro das Primeiras-Damas deste ano foi o projeto de lei que pretende criar Comitês Municipais de Tolerância Zero para Mortalidade por esse tipo de neoplasia. A proposta apresentada pela deputada Cida é que cada município paranaense tenha um comitê formado por, no mínimo três e no máximo sete membros gestores, que ficará responsável por monitorar os casos da doença.De acordo com o projeto, cabe aos comitês organizar campanhas de esclarecimento sobre a importância dos exames de mama, fiscalizar possíveis falhas que possam existir no atendimento às mulheres com suspeita da doença e, em caso de óbito, o comitê deverá registrar detalhadamente a ocorrência publicando anualmente um relatório que possa orientar futuras ações preventivas. FATORES DE RISCOO médico vice-presidente da FEMAMA, Luiz Ayrton Santos Junior, aproveitou o espaço reservado para sua palestra para falar sobre alguns fatores que contribuem para o aparecimento do câncer de mama. Segundo ele, o fato de as mulheres iniciarem a menstruação cada vez mais cedo constitui um fator de risco importante. Ele falou também sobre a importância da amamentação para evitar a doença. "A mama é formada por pele, glândula e gordura. Uma mulher que amamente, ela substitui a glândula por uma gordura mais precoce. Uma mama liposubstituível, ou seja, uma mama mais gordurosa ela tem uma chance menor de ter câncer", disse ele.O médico também falou que o consumo cada vez maior de produtos industrializados e o acondicionamento de alimentos e bebidas em embalagens plásticas também contribuem para o aparecimento da doença.CAMPANHAUm dos principais objetivos do Encontro das Primeiras-Damas é incentivar ações de prevenção nos municípios paranaenses. Com essa proposta é que foi criada a Campanha Vamos Vestir o Paraná de Cor-de-Rosa, em 2007, que visa utilizar a cor símbolo da doença para alertar as mulheres sobre a importância dos exames preventivos. A idealizadora do projeto, Márcia Campos, fez uma exposição sobre as principais ações implantadas no ano passado. Segundo ela, várias cidades fizeram campanhas de esclarecimento, palestras, caminhadas e exames com destaque para o município de Pitanga. "Além de diversas outras ações, o município de Pitanga criou ambulatórios específicos para a saúde da mulher. Louvo essa atitude", disse a jornalista. Márcia destacou também o papel da imprensa no combate ao câncer de mama. "A desinformação mata e é por isso, que cabe a nós comunicadores a missão de levar a informação até os lugares e pessoas mais distantes, independente se a notícia é boa ou ruim. Nosso dever é noticiar, mesmo que os dados sejam alarmantes, para que haja impacto no público e mais tarde possamos divulgar também vitórias", argumenta.Segundo informações da FEMAMA, o Brasil registra anualmente aproximadamente 50 mil novos casos de câncer de mama, o Paraná 3 mil e Curitiba 1,5 mil casos. Em todo território nacional aproximadamente 10 mil mulheres perdem a vida em decorrência desse tipo de neoplasia. A estimativa é que mais da metade, cerca de 60% dos casos, identificam o câncer de mama já em estágio avançado, quando as chances de cura são reduzidas. DEPOIMENTOSegundo a integrante da Campanha, Ana Amélia Bruel, recém recuperada de um câncer de mama, a informação é parte essencial ao tratamento e processo de cura. "O câncer veio como uma notícia ruim, eu não sabia ao certo o que a doença podia provocar no meu corpo, a única coisa que sabia é que ela podia matar", explica. Ana conta que procurou esclarecer todas as suas dúvidas e que hoje se sente privilegiada por participar de um movimento que faz justamente isso, ensina as mulheres como prevenir e lidar com o câncer de mama. "Se não tivesse passado por estes momentos desagradáveis não estaria engajada nesta luta. Hoje sinto que é muito importante dar a minha contribuição, pois sou uma mulher com menos de 30 anos, que teve a doença e venceu. Tenho estímulo suficiente para contribuir com mulheres de todas as idades", afirma. ALTERAÇÃODevido ao velório do ex-senador João de Mattos Leão, realizado na Assembléia Legislativa no mesmo dia do evento, houve mudanças na programação do 2º Encontro das Primeiras-Damas. As palestras e apresentações que estavam programadas para o período da tarde foram transferidas para o dia 27 de novembro, quando será realizada uma sessão solene no Plenário da Assembléia em comemoração ao Dia de Luta Contra o Câncer de Mama.

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