O deputado estadual Cleiton Kielse (PMDB) reuniu-se, nesta quarta-feira (23), com o superintendente regional do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), David José de Castro Gouvêa. Na pauta, a busca de uma solução para a readequação de trechos da futura Linha Verde, entre a entrada do Atuba e a saída do Pinheirinho. "Pensamos na intervenção porque, infelizmente, a Urbs esqueceu que a BR-116 é a entrada, saída e uma das interfaces de cruzamento de toda a Região Metropolitana de Curitiba", explicou o deputado. O superintendente David José Gouvêa afirmou que o DNIT já possui um projeto, há pelo menos seis meses, que prevê a construção e reestruturação de pontos críticos da BR-116. "É um grande erro fazer deste trecho da BR-116 uma avenida lenta. O deputado Kielse tem razão em afirmar que os cruzamentos não podem ficar em nível por causa do grande fluxo de veículos", apontou o superintendente. O deputado declarou, com base nas informações recebidas pelo superintendente regional do DNIT, David José Gouvêa, que um investimento de R$ 30 milhões seria suficiente para resolver o problema da BR-116. "Venho recebendo apoio de diversos grupos políticos e sociais, que reforçam a posição que a Prefeitura de Curitiba está completamente equivocada quanto à questão da Linha Verde", reforçou. Na última terça-feira (22), Kielse questionou a declaração do prefeito Beto Richa, que afirmou que o deputado não possui conhecimento de causa para falar sobre a BR-116 e o projeto da Linha Verde. "Não entendo como podem dizer que não conheço a Região Metropolitana, onde vivi minha vida política. Creio que o excelentíssimo prefeito não conhece a região metropolitana da própria cidade em que governa", afirmou Kielse. O parlamentar aproveitou para rebater a afirmação do presidente da Urbs, Paulo Schmidt, que afirmou que o deputado não conhece a frota de ônibus e nem a BR-116. "Fui criticado por afirmar que seriam 180 ônibus circulando na rodovia. Só que cada ônibus não faz apenas uma viagem. Se pensarmos em dez viagens por cada um dos 18 ônibus, chegaremos a 180", esclareceu o deputado, que reforçou que não sabe se foi mal interpretado ou se teve sua fala distorcida. "De qualquer forma, é fácil perceber que querem fugir da discussão principal; que em poucos anos, não teremos apenas um trânsito lento na Linha Verde. Teremos um trânsito parado", completou Kielse. Solução Segundo Kielse, a construção de viadutos e trincheiras retiraria os 11 semáforos existentes no trecho de ligação Atuba-Pinheirinho, agilizando o fluxo de veículos e liberando o tráfego na BR-116. "Estamos lançando o movimento pró-viadutos e trincheiras nesta rodovia. Não adianta inutilizar a Linha Verde com um trânsito que não fluirá e continuar canalizando o tráfego na área central de Curitiba". O parlamentar defende o diálogo e pretende alcançar uma solução administrativa. "Queremos facilitar as alternativas para melhoria do trânsito na capital. Porém, não há necessidade de ser engenheiro ou arquiteto para afirmar que o aumento de 5 a 8% no número de veículos por ano trará caos ao trânsito na Linha Verde, na forma que ela está projetada. Imaginem daqui a cinco anos!", explicou o deputado. Segundo dados do Departamento de Trânsito do Estado do Paraná (Detran), 500 carros entram diariamente em circulação em Curitiba, levando ao aumento de até 8% ao ano na frota de veículos. Kielse pretende agendar ainda uma reunião entre o DNIT, o Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER) e a prefeitura de Curitiba para encontrar uma solução para a readequação de trechos entre a entrada do Atuba e a saída do Pinheirinho.