Deputado élio Rusch (dem)

23/04/2008 17h49 | por Sonia Maschke / Jaime Santorsula Martins/ 41 3350-4193
O deputado Élio Rusch (DEM) advertiu nesta quarta-feira (23) que o Porto de Paranaguá, o maior do Sul do país, pode perder sua importância em função da má administração e em especial a falta de dragagem que vem reduzindo o calado dos navios que podem atracar, provocando prejuízos e diminuindo a competitividade. Rusch recordou que os próprios diretores do Porto admitem que a tese da compra de uma draga, defendida pelo governo do estado, não é uma solução viável para a urgência do problema. “Se o Porto comprar uma draga ela não entra em funcionamento em menos de um ano. A largura do Canal da Galheta é hoje de apenas 90 metros, o que torna a manobra dos navios muito perigosa e torna provável um desastre. O calado do Porto foi rebaixado pela Marinha para 11,30 metros impedindo que os navios carreguem uma carga completa”. “Enquanto o Paraná não consegue resolver o problema da dragagem Santa Catarina se prepara para abrir um porto em Itapoá, a pouco além de 100 quilômetros de Paranaguá. E o calado do porto de Itapoá vai ser de 16 metros”, disse Rusch. “São Paulo também não está parado esperando que o Paraná resolva seus problemas de dragagem. No município de Peruíbe vai ser construído o segundo maior porto do Brasil. Com um calado de 25 metros”. “O Porto de Paranaguá é grande e importante, mas se não conseguirmos dar assistência aos nossos importadores e exportadores ele vai perder a importância, vai ficar para trás”, advertiu Rusch. Audiência Pública Ontem, durante audiência pública para discutir os problemas do Porto, o deputado alertou para os prejuízos arcados pelos produtores, com a diminuição do calado e da capacidade dos navios.Segundo o deputado com a freqüente redução do calado o volume embarcado nos navios diminui na mesma proporção.“A cada metro reduzido cerca de 6 mil toneladas a menos são embarcadas. O calado do Porto há alguns anos era de 14 metros e hoje está em 11,30 metros. São 16 mil toneladas a menos em cada navio”, revelou Rusch. “Todos os navios de grãos serão afetados com essa redução. Terão que sair com menos carga que a capacidade e quem paga por esse prejuízo é o produtor”, disse Rusch. “Se fala no custo do pedágio, mas esquecem do frete do navio que é cobrado integral, independente de quanto se transporta”. O deputado calculou que com a redução de 16 mil toneladas no navio, seria embutido o valor de R$ 2,00 em cada saca, por causa do frete.“Uma carreta transporta o equivalente a 500 sacas de soja. Se considerar os R$ 2 pagos a mais de frete por cada saca embarcada, será R$ 1 mil que o produtor deixará de receber de cada carreta que segue para o Porto. Esse é o custo Paranaguá”, ironizou. Rusch ressaltou que o embarque de automóveis tem uma grande movimentação no Porto, o que foi confirmado pelo diretor Daniel Souza. Segundo Souza, o embarque de automóveis representa 10% da receita cambial. “As indústrias automobilísticas estão condenadas por este governo hoje são responsáveis por 10% da movimentação do Porto. Foram mais de 164 mil carros exportados em 2007 o que representou mais de R$ 1 bilhão de receita cambial”, destacou Rusch.

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