Deputado Fernando Carli Filho (psb)

08/04/2008 17h04 | por Paulo Esteche / 41 3350-4072 - 4271
O deputado estadual Fernando Carli Filho (PSB) convocou o Conselho Nacional de Medicina a reavaliar sua posição, sistematicamente contrária à criação de novos cursos de medicina no País. Em pronunciamento na Assembléia Legislativa do Paraná, o parlamentar sustentou que a epidemia de dengue no Rio de Janeiro, que obrigou a prefeitura local a chamar médicos de outros Estados, é um exemplo da deficiência que aquele setor da saúde enfrenta. “A epidemia de dengue é como um rastro de pólvora, que pode se alastrar para qualquer Estado a qualquer momento”, advertiu Fernando Carli Filho, lembrando que a falta de médicos é mesma em todo o País. “O que impera no Conselho é o corporativismo, impedindo novos cursos e novas vagas, evitando a livre concorrência do mercado. O Conselho não está contra os médicos, está contra a população” – afirmou.O parlamentar disse que a aprovação de novas faculdades deve ter como meta a qualidade dos cursos de medicina, ofertando profissionais com conhecimento suficiente para atender os problemas da população. “Tenho aproveitado esse momento, de crise na saúde pública, espelhada pela situação no Rio de Janeiro, para manifestar essa preocupação que me acompanha há muito tempo”, explicou ele, ressaltando que o Conselho deveria rever sua posição, atendo-se à realidade das cidades brasileiras.DEPUTADOS APÓIAMO discurso de Fernando Carli Filho recebeu apoio de vários parlamentares. Rosane Ferreira, do PV, elogiou a posição do deputado, que citou o exemplo de seu município de origem, Guarapuava, onde a Prefeitura paga salários acima de R$ 6 mil e mesmo assim tem dificuldades para contratar médicos.“Concordo plenamente com suas palavras”, salientou a deputada, referindo-se a Fernando Carli Filho. “O sr. acompanha as lutas dos prefeitos do Paraná para conseguir contratar novos médicos. Cada vez que se realiza um concurso público o gasto é imenso, e toda a sociedade paga. E hoje a dificuldade para fazer com que os médicos se desloquem para as cidades do interior e lá permaneçam, é uma coisa muito séria”, observou Rosane Ferreira, igualmente manifestando sua convicção de que a qualidade das faculdades de medicina deve ser priorizada. “O que temos que primar é que as faculdades tenham qualidade e formem cidadãos, médicos, que façam saúde por vocação, por doação, e saúde com o coração. E lógico, que tenham uma remuneração apropriada para isso” – pontuou a parlamentar.O deputado Luiz Accorsi, do PSDB, destacou a importância da residência médica na formação dos profissionais da saúde. “Eu ouvi atentamente seu pronunciamento e vejo assim: na área médica, quanto mais faculdades melhor, mas desde que os médicos façam residência, porque, sem isso, é praticamente inviável o contato efetivo com o mercado”, ponderou Accorsi.Dr. Batista, deputado do PMN com formação médica, também fez aparte ao discurso de Fernando Carli Filho. Ele se disse impressionado com a “calamidade” no Rio de Janeiro, um Estado, segundo o parlamentar paranaense, que forma centenas de médicos por ano e ainda assim recorre a outros lugares para conter o crescimento da dengue.Para Fernando Carli Filho, a solução está numa reavaliação da “postura rígida” do Conselho de Medicina e todos os órgãos que têm impedido a abertura de novos cursos. “Temos que priorizar primeiramente a necessidade dos cidadãos e a demanda existente no mercado. A crise no Rio de Janeiro e a falta de médicos no interior são sinais evidentes de que a necessidade é bem maior do que o corporativismo do Conselho de Medicina”, emendou ele, em declarações à imprensa.

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