Na polêmica que conduziu parte dos debates na sessão desta segunda-feira na Assembléia Legislativa sobre o possível veto do governador Roberto Requião à presença Beto Richa na mesa de autoridades em inauguração de maltaria em Guarapuava, o deputado estadual Jocelito Canto (PTB) disse que não haveria necessidade de excluir o prefeito de Curitiba. Segundo o petebista, se Beto Richa é um possível candidato ao governo do Estado, não haveria problema algum em compor a mesa de autoridades. “Se o Beto está em campanha, tinha que estar na mesa, oras. Qual é o problema, ele está percorrendo o Estado, provavelmente com um aviãozinho de algum amigo”.BanestadoDurante o pronunciamento, Canto também apresentou um documento expedido por um juiz federal, a partir de um ofício encaminhado pelo parlamentar questionando alguns pontos sobre o rombo do Banestado. Entre as informações, o desvio de dinheiro do banco para campanhas eleitorais, além de condenação de cumprimento de serviço comunitário por alguns envolvidos no maior escândalo financeiro no Paraná. “O dinheiro do Banestado foi usado para campanha política. Tem um político que foi condenado. E para alguns outros, apenas a prestação de serviços comunitários. Vejam só, foi nisso que acabou este escândalo, com serviço comunitário”.ChacinaCanto aproveitou para lembrar a chacina de Carambeí, como ficou conhecido o assassinato de três pessoas da mesma família, além de quatro gravemente feridas nos Campos Gerais, em referência ao crime que aconteceu em Curitiba neste final de semana, com a morte de oito pessoas num bairro da capital. A chacina de Carambeí aconteceu em 1989 e teve grande repercussão, embora a autoria do crime não tenha sido descoberta. “Chacinas acontecem há tempos e este caso de Carambeí sequer foi desvendado. Isso aconteceu há 20 anos, senhores”, cobrou Canto.